SP:Empresários e sindicalistas se unem contra a especulação e cobram a queda nos juros

Após lançarem um manifesto, os dirigentes realizaram ato em frente ao Banco Central.


Publicação: 20/10/2011
Imagem de SP:Empresários e sindicalistas se unem contra a especulação e cobram a queda nos juros

Nos últimos governos de FHC e Lula, o Brasil gastou mais de R$ 2 trilhões com o pagamento de juros. Só neste ano, os gastos com os juros atingiram a cifra de R$ 350 bilhões – recursos que equivalem ao faturamento da indústria automotiva e dos setores de máquinas/eletrônicos. Tais recursos poderiam gerar milhares de postos de trabalho, construir casas habitacionais e potencializar programas sociais, mas foram transferidos para o setor financeiro, enriquecendo ainda mais os banqueiros. (foto: Caminhada rumo ao Banco Central - crédito: Karen Caldeira - Mídia Consulte)
Preocupados com esta realidade, empresários e sindicalistas divulgaram na última terça, dia 18, o manifesto “Por um Brasil com juros baixos, mais empregos e maior produção”, no hotel Renaissance, em São Paulo.
Após o lançamento, que reuniu também personalidades da academia, como o presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Márcio Pochamann, os dirigentes realizaram uma caminhada rumo à sede do Banco Central, localizada na Avenida Paulista. “Este movimento tem que continuar. Queremos uma taxa de juros que seja investida na produção e não na especulação. Juro alto caminha na contramão do desenvolvimento”, disse Adi dos Santos Lima, presidente da CUT/SP.
O Secretário de Administração da CUT, Vagner Freitas, defendeu que é preciso acabar com o paraíso dos banqueiros e salientou que a CUT quer uma regulamentação do Sistema Financeiro Nacional, batizada de Projeto 192, que seja voltada ao desenvolvimento sustentável do País e aos interesses da coletividade.
Vagner também salientou a importância da abertura de linhas de crédito para fomentar o desenvolvimento nacional e sublinhou que a CUT só acredita em “crescimento e desenvolvimento com distribuição de renda”. “Não vamos esperar o crescimento para depois dividir, porque isso é acumulação de capital. Para vencer a crise é necessário fortalecer o mercado interno e a indústria nacional, gerando empregos com qualidade e não com rotatividade”, frisou.
Ex-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vagner lembrou que a categoria bancária encerrou na segunda-feira, 17, uma greve vitoriosa de 21 dias, na qual conquistou 9% de reajuste salarial.

“Queremos ser campeões da geração de empregos e não dos juros mais altos do mundo”
A frase é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, que também participou da atividade e ressaltou a importância da união dos setores ligados ao capital X trabalho pela unidade da produção. Nobre lembrou que o ABC está vivendo um drama devido aos juros abusivos que inviabilizam a produção, citou o exemplo da empresa exportadora de autopeças Magneti Marelli, que anunciou a demissão de mais de 500 trabalhadores e o seu fechamento.
O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Paulo Cayres, enfatizou a necessidade de romper com as amarras da especulação: “sem redução dos juros, o Brasil não cresce, o dinheiro acaba sendo drenado para os banqueiros e não vai para a produção”.
A sindicalista Glaucia Morelli, da Confederação das Mulheres do Brasil (CMB), disse que “cada dígito da taxa de juros representa menos casa, menos creche, menos dignidade, menos saúde e menos empregos. A presidenta Dilma iniciou a redução nos juros, mas é preciso que eles caiam muito mais para o País seguir em frente”, acrescentou.
Também participaram do evento e do ato os presidentes da FIESP, Paulo Skaf, da Abimaq, Luis Albert Neto, da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro), o deputado federal, Paulo Pereira da Silva e dirigentes da centrais sindicais CGTB e CTB.
 
“O Brasil precisa ousar”
O economista e presidente do IPEA, Márcio Pochmann, ressaltou que não há justificativa para o Brasil manter os juros tão elevado. “Nas décadas de 80 e 90, o Brasil passou uma das suas piores fases econômicas registrando crescimento batizados de ‘voo de galinha”. Naquela época, éramos a 14ª economia do mundo e tínhamos cerca de de 1, 2 milhão de desempregados. Antes quando os EUA tossiam, nós aqui ficávamos doentes e hoje isso mudou. Somos 7ª maior economia do mundo e os fundamentos econômicos estão sólidos, portanto, chegou a hora de ousar e um grande passo é reduzir as taxas de juros", concluiu.



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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