Congresso Internacional debate Segurança e Saúde no Trabalho

O evento acontece em Istambul, na Turquia, e é promovido pela OIT.


Publicação: 12/09/2011
Imagem de Congresso Internacional debate Segurança e Saúde no Trabalho

Começou na segunda, dia 12, o XIX Congresso sobre Segurança e Saúde no Trabalho em Istambul, na Turquia. O evento é organizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em parceria com a Associação Internacional de Seguridade Social (AISS) e o Ministério do Trabalho e Seguridade Social da Turquia e termina na sexta, dia 16. Participam mais de três mil autoridades executivas, especialistas, dirigentes de indústrias e sindicalistas provenientes de mais de 100 países.

Neste Congresso serão discutidos temas como: enfoques ativos sobre segurança e saúde no trabalho; diálogo social e as associações relativas à segurança e saúde; os novos desafios em um mundo do trabalho em contínua transformação e uma recuperação econômica mundial desigual.
A Conferência abordará os avanços sobre o que foi estabelecido na Declaração de Seul sobre Segurança e Saúde no Trabalho, adotada durante a Cúpula sobre Segurança e Saúde realizada no marco do XVIII Congresso de junho de 2008, antes da eclosão da crise econômica e de emprego em nível mundial. Os signatários da Declaração de Seul comprometem-se a “tomar a iniciativa na promoção de uma cultura em matéria de segurança e saúde e a dar prioridade nas agendas nacionais à segurança e saúde no trabalho”.
Além disso, a Declaração de Seul estabelece pela primeira vez que o direito a um ambiente seguro e saudável deveria ser reconhecido como um direito humano.

Acidentes
Será apresentado no Congresso as mais recentes “Tendências mundiais e desafios da segurança e saúde no trabalho”. Neste novo relatório a OIT assinala que o número total de acidentes e enfermidades mortais relacionadas com o trabalho aumentou entre 2003 e 2008. Segundo o estudo, enquanto o número de acidentes mortais caiu de 358.000 para 321.000 durante este período, o número de enfermidades mortais aumentou de 1,95 milhão para 2,02 milhões.

Isto equivale a uma média de mais de 6.300 mortes diárias relacionadas com o trabalho e cerca de 317 milhões de trabalhadores feridos em acidentes de trabalho a cada ano. Isto representa uma média de cerca de 850.000 lesões diárias, as quais se traduzem em quatro ou mais dias de ausência do trabalho.
Em sua declaração por ocasião do Dia Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado no dia 28 de abril, o Diretor-Geral da OIT, Juan Somavia, assinalou que “os acontecimentos dramáticos como o acidente nuclear em Fukushima, Japão, neste ano, o acidente no rio Pike na Nova Zelândia no ano passado, foram as notícias mais importantes. No entanto, a maioria das lesões, enfermidades e mortes relacionadas com o trabalho passam despercebidas e não se informa sobre elas. Os trabalhadores e suas famílias ficam desprotegidos e sem ajuda para fazer frente a estas situações”.
De acordo com o relatório, foram obtidos progressos significativos na segurança e saúde no trabalho durante as últimas décadas. Isto se deve a que em muitos países existe uma maior compreensão da necessidade de prevenir acidentes e deficiências na saúde no trabalho. Existe também uma tomada de consciência cada vez maior dos graves problemas que as condições inseguras e insalubres no local de trabalho causam à saúde e bem-estar de mulheres e homens, além de seus efeitos negativos sobre a produtividade, o emprego e a economia em geral.

Crise econômica
Por outro lado, o relatório afirma que “a recessão mundial deve ter tido um impacto significativo sobre a segurança e a saúde dos trabalhadores e sobre suas condições de trabalho. Embora seja cedo para falar sobre os efeitos a longo prazo nas taxas de acidentes e enfermidades em nível mundial, existem provas de alguns dos progressos alcançados recentemente em termos de promoção de SST estão se perdendo, ao mesmo tempo em que as empresas lutam para permanecer produtivas”.
“O incremento da intensidade do trabalho vinculado às pressões relativas ao rendimento das empresas podem levar a que se dedique menos tempo à prevenção e a sistemas menos eficazes na gestão da SST”, sustenta o relatório. “Os programas de manutenção das instalações estão em risco de ser reduzidos, aumentando os riscos de acidentes devido a uma manutenção deficiente e à falta de investimentos em novos equipamentos. Isto também pode significar que os trabalhadores têm que seguir trabalhando com instalações, equipamentos e ferramentas mais velhas e perigosas”.
O relatório assinala além disso que os fatores psicológicos, como a tensão, o assédio e a violência no trabalho têm um impacto relevante sobre a saúde dos trabalhadores e acrescenta que “estes fatores tendem a ser mais significativos à medida em que o trabalho se torna mais precário para alguns e as cargas e horas de trabalho aumentam para os que permanecem nos postos de trabalho”.

 

Com informações da OIT



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing 

Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com



Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl

Mídia

Canal CNTTL

+ Vídeos

Parceiros