Após
pressão e greve, a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre
(Trensurb) atendeu às reivindicações da Campanha Salarial dos
metroviários. A categoria iniciou paralisação nas linhas, à
meia-noite do dia 18, e retornou ao trabalho no mesmo dia após a
empresa assumir o compromisso de pagar um reajuste salarial de
6,3%, sem alteração nas escalas de trabalho dos trabalhadores. A
data-base é 1º de maio.
Segundo o Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do
Estado do Rio Grande do Sul (Sindimetrô-RS), o movimento grevista
atingiu cerca de 1.200 funcionários.
Além do reajuste salarial, a categoria também
conquistou o aumento de 10% no vale-alimentação; 1.400 horas
mensais para a realização de trabalhos sindicais e a criação de uma
Comissão Paritária para estudos de Plano de Saúde.
(abaixo
confira o boxe com mais conquista)
O Portal da CNTT-CUT ouviu a
diretora da CNTT e do Sindimetrô-RS, Sandra Mara Clavé, que elogiou
a união da categoria. “Conquistamos um bom acordo. Hoje, a gestão
da Trensurb está melhor. O atual presidente (Humberto Kasper)
recebe os sindicatos e é aberto ao diálogo. A nossa categoria ficou
mais à vontade para negociar e também fortaleceu o poder de união e
mobilização. Valeu mesmo a gente ver a categoria brigando pelo
reajuste”, comemora.
Confira as principais conquistas dos
metroviários:
Reajuste salarial de 6,3% com impacto sobre todas as cláusulas
econômicas, com exceção do vale-alimentação;
Reajuste de 10% no vale-alimentação;
Manutenção das atuais escalas de trabalho e a concordância entre as
partes da implantação de uma nova escala fixa (4x2x6x4 - quatro
dias trabalhados, duas folgas, seis dias trabalhados, quatro
folgas) para quem optar por ela.;
1.400 horas mensais para liberação sindical;
Adicional de R$ 30 quando o Assistente Operacional de Estações
assumir a estação;
Criação de uma Comissão Paritária para estudos do Plano de
Saúde.
Carta à população
O Sindicato dos Metroviários de Porto Alegre distribuiu à população
uma “carta aberta” na qual relatou os motivos da paralisação dos
trabalhadores. “Sabemos que o movimento prejudica a sociedade,
mas a greve é a melhor e maior ferramenta de pressão que os
trabalhadores têm para pressionar uma empresa a negociar”,
disse.
O
Sindicato também explicou que a paralisação seria deflagrada em
razão da lentidão da Trensurb que não havia se manifestado sobre a
pauta de reivindicações entregue em 15 de março, ou seja, quase 60
dias antes da data-base da categoria, que é 1º de maio.
O Sindimetrô-RS manteve desde então
contato constante com os gestores da empresa, mas sempre sem
sucesso, sendo necessária a paralisação.
Somente assim a empresa atendeu às
reivindicações dos trabalhadores. “Infelizmente, na maior parte das
vezes, nossos usuários e a opinião pública não se mostram
preocupados sobre as condições que o serviço está sendo executado
no metrô. Há uma cultura de que "se está funcionando, está bom",
mas não é dessa maneira que as coisas devem ser encaradas”, explica
a carta.
A
luta do Sindimetrô não resume-se a uma questão financeira de um
determinado grupo de trabalhadores, mas sim ao combate a uma série
de medidas irregularidades da Trensurb. “A empresa que deveria
investir em estudos, em aprimoramento técnico, em manutenção e,
quem sabe, até fabricação de trens no estado é a Trensurb. Ao
contrário, a empresa tem feito demissões e o esvaziamento de
setores fundamentais, não valorizando o papel do metroviário”,
finalizou o documento.
Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT,
com a colaboração de Juliana Souza
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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