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CNTT-CUT divulga a seguir o artigo de Maria Julia Reis
Nogueira da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da CUT. No
artigo, Maria Julia fala do Dia Internacional da Mulher Negra na
América Latina e Caribe e a importância da data para a raça.
"A
Mulher negra é vitima de uma dupla discriminação:
de gênero e de raça; As Mulheres Negras chegam e
receber mensalmente cerca de 66% menos nos salários quando
comparados com os homens não negros. Essas poucas considerações,
demonstram a necessesidade de se ter pelo menos um dia em que
possamos refletir e debater as questões referentes às mulheres
negras e pensar como podemos nos articular para construirmos ações
e políticas voltadas para combater a discriminação contras as
mulheres, em particular, as negras".
Leia o artigo na íntegra.
Dia Internacional da Mulher Negra na América Latina e Caribe:
porque a luta em gênero e raça
Em 1992,
mulheres representantes de 70 países se reuniram na República
Dominicana para participar do 1º Encontro Nacional de Mulheres
Afrolatinas-americanas e afro-caribenhas, quando ficou estabelecido
que o Dia 25 de julho seria o DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA NA
AMÉRICA LATINA E CARIBE.
A data definida pela ONU representa um marco institucional de luta
e de resistência da mulher negra.
Alguns podem se perguntar se existem justificativa para o dia 25 de
julho, considerando a existência do 8 de março, quando homenageamos
todas as mulheres pelas conquistas alcançadas graças à mobilização
em defesa do respeito, da dignidade e de direitos iguais.
Para nós, razões não faltam e podemos apresentar alguns elementos
que certamente irão fazer com que se reflita sobre a importância da
instituição deste dia:
1- A
Mulher negra é vitima de uma dupla discriminação: de gênero e de
raça. Ainda não podemos nos esquecer que 25 de julho é dia do
trabalhador e da trabalhadora rural, portanto a trabalhadora
rural negra é vitima de mais uma discriminação;
2-
A s Mulheres Negras chegam e receber mensalmente cerca de 66% menos
nos salários quando comparados com os homens não negros;
3-
A
grande maioria das mulheres negras, 93%, encontra-se no trabalho
domestico, o que representa 8 milhões de pessoas. Dessas, 80% não
possuem a formalização do vinculo empregatício se quer tem o
contrato registrado na CTPS.
Essas poucas considerações, demonstram a necessesidade de se ter
pelo menos um dia em que possamos refletir e debater as questões
referentes às mulheres negras e pensar como podemos nos articular
para construirmos ações e políticas voltadas para combater a
discriminação contras as mulheres, em particular, as negras, ainda
mais massacradas, excluídas e discriminadas que as não-negras.
A existência desse dia internacional dedicado às mulheres negras, é
necessário e bastante oportuno para podermos refletir, dialogar e
pensar ações especificas que viabilizem na prática e no dia-a-dia o
combate ao preconceito e à discriminação cotidiana.
Maria Julia
Reis Nogueira - Secretaria Nacional de Combate ao Racismo da
CUT.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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