Os presidentes
da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, e do
Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Francisco Lemos,
conheceram na quarta-feira, 27, detalhes do modelo de concessão dos
aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília que está sendo
construído no governo.
Na
segunda reunião da Mesa de Dialogo aberta por determinação da
presidenta Dilma Rousseff, e realizada na sede da Secretaria de
Aviação Civil (SAC), em Brasília, os dirigentes tiveram acesso
a dados sobre diretrizes, premissas, obrigações das empresas e
objetivos da concessão.
Entre as
principais diretrizes do projeto estão acelerar o processo de
investimentos e a capacidade aeroportuária, aumentar a
flexibilidade de gestão e fortalecer a infraestrutura mediante
parcerias.
Uma das
premissas do modelo de concessão que mais gerou críticas entre os
sindicalistas, foi a confirmação feita pelos técnicos da SAC, de
que a Infraero terá 49% do capital da concessionária (acionista
privado + Infraero). O objetivo, explicou o secretário Executivo da
SAC, Cleverson Aroeira da Silva, “é ampliar a capacidade de
investimentos nos aeroportos, de forma mais célere, atendendo à
demanda de passageiros, com qualidade e conforto”.
A
justificativa é de que se o governo for o acionista majoritário o
ritmo das obras estará comprometido por conta da Lei 8666, que
institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública,
e das ações dos
Tribunais de Conta dos Estados e da União.
O modelo de concessão
O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, discordou das
justificativas, disse que a Central não concorda com este modelo de
concessão, que, na prática, significa que o governo está abrindo
mão do controle da Infraero; e disse que há saídas para manter a
agilidade dos investimentos. “Nós estamos apostando na Mesa de
Diálogo e na negociação com o governo, mas o que queremos mesmo é
alterar o modelo de concessão dos aeroportos. Não tem acordo com
relação aos 49%. Soluções existem – abrir o capital da Infraero,
ter uma certa liberdade em relação a [lei] 8666, mas manter a
operação sob o controle do Estado”, afirmou Artur
Henrique.
Cleverson
disse que o modelo do contrato de concessão ainda está em discussão
e que é importante ouvir as sugestões dos dirigentes sindicais.
Quanto às preocupações dos diretores sobre demissões de
funcionários e aumento de tarifas, o secretário disse que o
contrato tem outras premissas, entre elas, a de que não haverá
aumento de tarifas e nem demissões.
Artur pediu
para constar no contrato de concessão, regras claras sobre as
demissões, como por exemplo, a de que as empresas só poderão
demitir por justa causa.
Lutas
Ficou
combinado que, no próximo dia 11, será realizada uma nova reunião,
com a presença de novos atores, conforme pedido da CUT, entre eles,
representantes da ANC, Infraero, Polícia, Receita Federal e
trabalhadores Aeroportuários, Aeronautas e Aeroviários.
Segundo o
secretário executivo da SAC, a previsão é de que os estudos sobre o
modelo de concessão terminem em setembro; em outubro o projeto será
aberto para consulta pública - a realização de audiências públicas
também estão previstas. O objetivo, disse ele, é realizar o leilão
em dezembro e, já no inicio de 2012 ter uma concessionária
trabalhando.
Artur Henrique
finalizou dizendo que a CUT vai atuar em duas frentes: 1) continuar
brigando contra esse modelo. “Ninguém vai nos convencer de que a
Infraero tem de ter 49% das ações”, disse ele. 2) Quanto a Lei 8666
e os orgãos de controle é preciso buscar uma forma de resolver o
problema, que é de Estado, segundo Artur.
“E
se o governo tomar a decisão pelos 49%, nós vamos lutar contra no
Congresso Nacional, nas audiências públicas, e em todas as
instâncias onde pudermos atuar, inclusive o Judiciário, se preciso
for. Não gostaríamos de chegar nisso e estamos apostando muito na
Mesa de Diálogo”, encerrou o presidente da CUT.
Com informações da CUT.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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