A Coordenação
dos Movimentos Sociais (CMS) divulgou uma nota na qual manifesta-se
contrária ao modelo de concessão dos aeroportos brasileiros
anunciado pelo governo federal em junho. A CMS também manifestou
apoio à luta dos trabalhadores do setor aéreo cutista. Os
movimentos sociais anunciaram que vão organizar um grande ato em
defesa dos aeroportos brasileiros. Leia no Portal CNTT-CUT a
íntegra desse manifesto.
“Os principais aeroportos brasileiros administrados pela Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estão
ameaçados de serem privatizados, contrariando a tendência mundial
onde 85% dos terminais são públicos. A começar por Guarulhos e
Campinas, em São Paulo, e Brasília, no Distrito Federal.
Não por acaso, esse três aeroportos estão entre os 15 rentáveis,
segundo a Infraero. E são eles que mantêm, pelo mecanismo de
subsídios trocados, a Rede composta por 67 terminais de
passageiros, 69 Grupamentos de Navegação Aérea e 51 Unidades
Técnicas de Aeronavegação, além de 34 terminais de logística de
carga.
Nos últimos oito anos, cresceu extraordinariamente o número de
passageiros dos aeroportos administrados pela Infraero,
popularizando o transporte aéreo no nosso País (confira na tabela).
Milhões de brasileiros e brasileiras trocaram as cansativas viagens
de ônibus por aviões que, em poucas horas, levam-nos para o nosso
destino. E faz desse meio de transporte um dos principais
condutores da integração social do Brasil.
Ano
Passageiros Variação
2003
71.215.810
-
2004 82.706.261 +
16,1%
2005 96.078.832 +
16,1%
2006 102.185.376
+ 6,3%
2007 110.569.767
+ 8,2%
2008 113.263.537
+ 2,4%
2009 128.135.616 +
13,1%
2010 155.363.964 +
21,2%
Variação no período
2003 -
2010
+ 118,1%
----------------------------------------
Fonte:
Infraero
A
popularização das viagens aéreas provocou uma grande mudança:
viajar de avião deixou de ser privilégio de poucos. Nossos
aeroportos que eram exclusivos das elites foram ocupados por
cidadãos comuns das classes C e D: operários, aposentados,
funcionários públicos, professores, etc.
A Coordenação dos Movimentos Sociais/CMS defende que todos tem
direito de viajar de avião. Mas esse não é o pensamento dos
empresários que estão interessados na concessão dos nossos
terminais. Em encontros que debateram o tema não esconderam o
desejo de implantar o padrão classe A, aumentar as tarifas de
embarque e estadia de aeronaves, além de potencializar o conceito
neoliberal do aeroshopping, fazendo os aeroportos voltarem a ser
exclusivos das elites, como foi no passado.
Na prática, querem cassar nosso direito de viajar de avião. Querem
um retrocesso social! Em um país continental como o Brasil, o
transporte aéreo deve ser acessível a todas as camadas da
sociedade.
Além disso, a parcela preconceituosa da sociedade não suporta ter a
companhia de brasileiros e brasileiras que podem voar por que, com
a ascensão promovida no Governo Lula, tem poder aquisitivo para
adquirir as passagens aéreas.
Há 38 anos a Infraero cuida dos aeroportos brasileiros - da
construção à operação - para garantir eficiência e segurança. Sua
competência na área de infraestrutura aeroportuária é reconhecida
internacionalmente.
É evidente para os mais de 150 milhões de passageiros (dados de
2010) que são necessárias obras de melhorias e ampliação da
infraestrutura aeroportuária, não só por causa da Copa do Mundo de
2014 e das Olimpíadas de 2016, mas principalmente pelo contínuo
crescimento do número de passageiros.
Para isso, a associação com a iniciativa privada é bem-vinda, desde
que a Infraero seja a sócia majoritária e mantenha o controle da
segurança, operação e navegação aérea. Só dessa forma estará
garantido o direito de todos poderem continuar viajando de
avião.
Frente às ameaças de retrocesso colocadas, urge que o movimento
social brasileiro esteja unido e mobilizado para barrar a tentativa
de privatização e garantir a manutenção deste patrimônio público
estratégico para o desenvolvimento nacional e a justiça
social."
Fazem parte da CMS: CUT –MST –CMP – UNE – UBES – ABI – CNBB/ PS – Grito dos Excluídos – Marcha Mundial das Mulheres – UBM – CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras – UNEGRO –MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados – MTST – CONTEE – CNTE – CONAM – Confederação Nacional das Associações de Moradores – UNMP – Ação Cidadania – Cebrapaz –ABRAÇO – CGTB – INTERVOZES – CNQ – FUP – SINTAPI –ANPG – CTB – CMB – MNLM.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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