O
presidente da CUT, Artur Henrique, exigiu na quarta, 13, que
o governo apresente o projeto de concessão dos aeroportos para que
o movimento sindical CUTista possa fazer uma avaliação e também
propor alternativas que garantam a qualidade, a segurança e amplo
acesso da população aos serviços, além da preservação dos empregos
e direitos trabalhistas.“Até
agora, só sabemos o que a imprensa publicou. Queremos ter acesso ao
modelo de concessão que está sendo elaborado para que, em um
primeiro momento possamos analisar e, em um segundo, intervir na
construção do projeto,” afirmou Artur. (Foto: Sindicalistas da CUT e
governo)
Este é
um dos resultados da primeira mesa de diálogo com o secretário da
Aviação Civil, Wagner Bittencourt, e a Secretaria Geral da
Presidência da República, representada nesta reunião pelo assessor
especial, José Lopez Feijóo, foi que, na semana que vem, a proposta
de concessão será apresentada para a CUT e para o Sina (Sindicato
Nacional dos Aeroportuários).
Segundo Feijóo, a presidente Dilma
Rousseff determinou a abertura do diálogo e disse que o governo vai
avaliar as alternativas apresentadas pelos dirigentes sindicais e
analisar a possibilidade de incorporá-las ao
projeto.
Parceria
O
ministro Bittencourt disse que qualquer que seja a proposta de
concessão dos aeroportos, os interesses do estado estarão em
primeiro lugar e que a parceria que o governo quer fazer com a
iniciativa privada tem exatamente este
objetivo.“Nesse processo de concessão, um dos
instrumentos, além do contrato, é um acordo de acionistas que vai
colocar as condições da Infraero,” disse o
ministro.
O
presidente da CUT deixou claro que não é contra a concessão à
iniciativa privada dos aeroportos de São Paulo, Brasília e
Campinas, mas o Estado não pode abrir mão da administração, da
segurança, do controle dos aeroportos. Segundo a imprensa, pelo
modelo que está sendo discutido, 51% das ações ficariam nas mãos da
iniciativa privada.“Somos
a favor da entrada do capital, nacional ou estrangeiro, para
melhorar a estrutura, ampliar o espaço e modernizar os aeroportos e
não apenas para ganhar cada vez mais dinheiro. Mas é importante
esclarecer que não abrimos mão é do controle do Estado. O governo
não pode ser acionista minoritário e deixar nas mãos dos
empresários o controle tarifário, questões relacionadas à
segurança, qualidade e de relações de trabalho”.
Segundo Artur, assim que tiverem
acesso a todos os dados do projeto de concessão, a CUT e o Sina vão
apresentar propostas alternativas, pois a ideia é “participar da
estratégia de construção do contrato de concessão dos
aeroportos”.“Queremos debater garantias para a
sociedade e, principalmente para os trabalhadores que atuam nos
aeroportos. Nossas experiências com concessões nos setores elétrico
e de telefonia não são boas. A única garantia daqueles contratos
fechados com o empresariado eram de lucro e formas de reajuste”,
alertou Artur Henrique, completando: “Temos de aprender com os
erros do passado”.
Acesso
O
presidente do SINA, Francisco Lemos, reforçou as palavras de Artur,
dizendo que o modelo de concessão dos aeroportos tem de garantir os
interesses da sociedade, dos trabalhadores e dos
empresários.
Sobre
a sociedade, Lemos disse: “a gente receia de que haja uma
segregação racial e social. O transporte aéreo tem de permanecer
como é hoje, um transporte com acesso a muitas pessoas. Se houver
aumentos de tarifas e o povo for retirado dos aeroportos e mandado
de volta para as rodoviárias, o movimento social vai reagir com
força”.
Segundo o ministro, o governo também
está preocupado com a questão das tarifas e uma das ideias é que
não haja esse aumento que está preocupando os
sindicalistas.“O que
a gente quer é construir um projeto equilibrado que não onere a
sociedade, não prejudique os trabalhadores e sim melhore a
qualidade dos serviços. Queremos construir uma proposta que não
incorra nos erros do passado. Vamos trabalhar juntos e discutir
profundamente as sugestões de vocês”, concluiu
Bittencourt.
Artur
sugeriu uma reunião técnica para que os dirigentes possam conhecer
profundamente o modelo de concessão que está sendo construído, o
que está sendo colocado para cada aeroporto e, a partir disso, a
mesa de diálogo avançar quanto às preocupações que os trabalhadores
têm e apresentar as alternativas que devem estar contidas no
edital.“Nós queremos influenciar no debate e
no modelo da concessão. Tem muitos itens que a gente quer colocar
na proposta para defender os trabalhadores e a sociedade. Além
disso, se tem acordo de acionistas, os trabalhadores têm de estar
no conselho de administração; na proposta tem de ter também
garantia de emprego, regulamentação da terceirização, mesas
permanentes de negociação com os aeroportuários”, completou o
presidente da CUT.
Com informações da CUT Nacional
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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