Com a
finalidade de intensificar os avanços do 1º ano de vigência da
Recomendação 200 da OIT, que visa proteger os direitos e a
dignidade dos trabalhadores atingidas pelo vírus, a OIT e a
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho
realizaram nos dias 30 de junho e 1º de julho, um seminário em
Curitiba. (foto: Mesa do
Seminário que reuniu o ministro Lelio Bentes Corrêa - crédito:
Anamatra)
Um
dos palestrantes, Eric Carlson, especialista regional em HIV/Aids
no mundo do trabalho do escritório sub-regional da OIT em Santiago
no Chile, deu exemplos da aplicação da recomendação em
diversos países, com iniciativas de políticas públicas, leis e até
mesmo casos judiciais. “As políticas nacionais sobre HIV/Aids são
ferramentas chaves para a aplicação da norma”, disse. Nesse ponto,
Carlson defendeu a implementação de políticas no local de
trabalho.
A
política nacional de combate e prevenção do HIV/Aids deve
nutrir-se, segundo o especialista, de quatro fatores: a legislação
nacional acerca do HIV/Aids, basear-se nos dez princípios do
repertório da OIT, seguir as linhas da recomendação 200 e refletir
a realidade do país ou da região.
Entre as
possibilidades a ser discutidas estão a necessidade de diretrizes
específicas para o HIV/Aids no setor aquaviário, que a recomendação
200 e a convenção 111 da OIT (contra toda a qualquer forma de
discriminação no emprego e às condições de trabalho) sejam um marco
na jurisprudência internacional em casos judiciais e que a
recomendação 200 seja referência dentro da legislação
nacional.
O papel dos
sindicatos
A
assessora de Direitos Humanos da Confederação Sindical de
Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), Leandra Perpétuo
falou sobre o fortalecimento do movimento sindical em favor dos
trabalhadores com HIV.
Segundo
Leandra, a epidemia de HIV/Aids acarreta inúmeros problemas ao
mundo do trabalho e os sindicatos têm um papel crucial na educação
e formação do trabalhadores acerca da doença. “Muitos se contaminam
por não terem informação, desconhecem sua condição de sorológico e
não recorrem aos serviços de saúde por medo de serem discriminados
ou demitidos”, explicou.
De
acordo com a palestrante, os sindicatos passaram a ter como foco a
questão dos direitos dos trabalhadores e incorporaram a luta contra
o HIV na última década, buscando parcerias com a OIT, a UNAIDS e
organizações da sociedade civil em luta pela garantia da saúde no
ambiente laboral.
No
Brasil, segundo Leandra, a CSA estabeleceu como meta a
implementação da Recomendação 200 da OIT nos sindicatos filiados,
por meio da realização de campanhas de divulgação sobre a doença e
projetos de formação de líderes sindicais e trabalhadores visando à
redução da discriminação no ambiente de trabalho.
Legislação
O
Seminário Aids e Trabalho: “um ano da recomendação 200 da OIT”
encerrou com a exposição do ministro Lelio Bentes Corrêa que
salientou que é chegada a hora de fazer evoluir o Direito
para assegurar a esses seres humanos uma existência digna e
produtiva. “Não se pode admitir que, razões de ordem econômica, ou
pior, do puro preconceito e ignorância, prevaleçam sobre o direito
brasileiro”, concluiu.
Com informações da ANAMATRA.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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