Em entrevista
na noite de terça-feira, 3 de maio, ao canal Globo News, o
presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, exortou que
trabalhadores e empresários, no momento das próximas negociações
salariais, “olhem o que vêm pela frente em termos de inflação”.
Pouco antes, ele dissera que, quando as campanhas salariais do
segundo semestre de 2011 estiverem ocorrendo, haverá “um período
transitório de inflação elevada”.
Em
português popular, acredito que ele disse para que os trabalhadores
não sejam exigentes na hora de pedir aumento salarial. Em lugar de
pedir aumentos que recuperem as perdas anteriores, Tombini sugere
que os trabalhadores e seus sindicatos “olhem o que vêm pela
frente”, o que quer dizer, no meu entendimento, não pedir muito
para não pressionar a inflação futura.
Pois eu, presidente da CUT, discordo. Há
muitas maneiras de combater a inflação, mas várias confrontariam
interesses muito poderosos, especialmente do setor financeiro.
Tentar conter aumentos salariais é a mais injusta delas, por cortar
avanços nas camadas que mais perderam ao longo de anos
anteriores.
As
análises conservadoras realizadas pelo mercado financeiro e
divulgadas pelos meios de comunicação vêm destacando os salários e
seus aumentos reais como vilões da inflação. Todas essas análises
pretendem deter as possibilidades de a recente melhora na
distribuição de renda continuar se dando pelo aumento da massa
salarial.
Há
pouco tempo, a obsessão dos conservadores se concentrava no aumento
da taxa básica de juros como instrumento para deter a inflação. Com
o recente relevo dado aos salários, a questão dos juros cede um
pouco seu espaço, mas no fundo o caminho apontado por ambas as
análises é igual. O controle da inflação deveria se dar, segundo
essas visões, pelo aperto sobre os assalariados e trabalhadores
como um todo, sem pedir sacrifícios principalmente para o setor
financeiro.
Com informações da CUT nacional
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