O prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto
Kassab (DEM), anunciou na quarta-feira, dia 29, que o preço da
passagem de ônibus terá mais um reajuste. Vale lembrar que neste
ano a passagem já foi elevada de R$ 2,30 para R$ 2,70 – um aumento
de 17,39% -- e Kassab agora quer elevar a passagem para R$ 2,90 –
aumento de 7,40%. Segundo o prefeito, esta nova facada no bolso do
paulistano passará a valer a partir de dezembro deste
ano.
Somando com mais este aumento, a passagem de
ônibus em São Paulo subiu 47% em um ano! Valor bem acima da
inflação para este ano, que deve registrar 5,05%. Este aumento
gerará um efeito cadeia, porque automaticamente também será
reajustado as tarifas do metrô e do trens – como aconteceram em
março deste ano.
Repressão
No início deste ano,
quando a passagem foi reajustada de R$ 2,30 para R$ 2,70 - aumento
abusivo de 17,39%- cerca de 800 manifestantes e estudantes
indignados realizaram um protesto pacífico na região central da
cidade. O grupo foi covardemente atacada por policiais
(foto) – a mando da prefeitura e do governo
estadual --que abordaram os manifestantes e usaram a repressão
atirando bombas, balas de borracha e spray de pimenta – que feriram
várias pessoas, inclusive pedestres que passavam pelo
local.
A
CNTT-CUT apoiou o movimento dos estudantes e passageiros e repudiou
os ataques violentos e covardes da polícia.
O trabalhador é o mais prejudicado com o aumento da tarifa de
ônibus. Só para se ter uma ideia, o morador da capital que
utilizar, em média, duas conduções por dia, pagando a nova tarifa
de R$ 2,90, gastará R$ 174 por mês -- quase 35% do valor do salário
mínimo, que é de R$ 510.
A tarifa de ônibus da cidade de São Paulo é uma das mais caras do
Brasil. A cidade de Fortaleza, por exemplo, cobra apenas R$ 1,80 na
condução!
Viviane Barbosa, editora do Portal da CNTT-CUT.
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Tarifas acima
da inflação
Na
gestão demo-tucano as tarifas de ônibus subiram bem acima da
inflação. Em 1994, a passagem em SP custava R$ 0,50. Desde junho de
1994, a inflação acumulada medida pelo IPC (Índice de Preços
ao Consumidor) da FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas
- até setembro de 2010, foi de 223,6%. Com a nova tarifa de R$
2,90, o aumento acumulado desde 1994 registrará a crifra de
480%.
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