Orisson fala de desrespeito da TAM ao trabalhador
Durante o Ato de Lançamento da Campanha Salarial dos aeroviários e aeronautas da base da FENTAC/CUT, realizado no dia 25 de setembro, no Aeroporto de Internacional de Guarulhos, o presidente do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT), Orisson Melo, fez um discurso na fila do check-in da TAM, falando aos passageiros como a empresa aérea tem desrespeitado e massacrado os direitos de seus funcionários.
Mecânico de manutenção na TAM há 27 anos, Orisson disse que fica estarrecido com a ganância das empresas que só visam o lucro pelo lucro. “A passagem que vocês pagam não é barata é cara. Exigimos respeito a esses funcionários que garantem a segurança do voo dos senhores e senhoras. Vamos continuar na luta para defender os trabalhadores que estão atrás do balcão”, frisa.
A seguir confira trechos do
discurso:
“Os trabalhadores e as trabalhadoras na TAM/Latam estão
muito mais infelizes este ano. Esses funcionários e funcionárias só
trabalham com um sorriso no rosto porque são profissionais, mas nos
bastidores o que a empresa está fazendo é um massacre.
A TAM tem feito um verdadeiro massacre aos direitos desses
trabalhadores. A empresa disse que iria melhorar o plano de saúde
dos funcionários, porque todos os trabalhadores têm direitos
à saúde. Na teoria isso é lindo e maravilhoso, mas os trabalhadores
da TAM/Latam têm um plano de saúde da Amil e pagam caro por ele,
caso precisem ser atendidos em alguma clínica ou hospital devem
pagar ainda 30% do valor da consulta ou do atendimento.
Insatisfeita, a TAM/Latam teceu uma norma dizendo que o trabalhador
da empresa será dividido por classes, Classe A, Classe B, Classe C,
ou seja, alguns funcionários continuarão com o plano da Amil e
outros, que carregam as aeronaves com bagagens, irão ter um plano
de saúde inferior, que não atende ninguém, ficarão internados em um
quarto coletivo caso precisem.
A empresa está quase mandando os trabalhadores para os corredores
do SUS e caso o trabalhador tenha um familiar dependente, que
precise do plano, ele irá pagar por cada familiar, além dos 30% já
pagos caso o trabalhador passe no médico. Cobramos e em resposta a
TAM/Latam afirmou que isso é mais um benefício que a empresa está
fornecendo aos trabalhadores e nós temos de concordar, senão
estamos na rua.
Em nível nacional, a TAM/Latam está demitindo funcionários em
massa, terceirizando cada vez mais e precarizando a mão de obra. O
trabalhador terceirizado também está sendo massacrado pela
empresa terceira, que não paga seus direitos, assegurados na
Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Sou mecânico de manutenção na empresa, há 27 anos, e nunca vi
tal calamidade, é o lucro pelo lucro.
É por isso que nós trabalhadores temos de fazer essa denúncia e
mostrar o que está acontecendo nessa empresa. Nós não vamos parar
enquanto eles não voltarem atrás, pois além de tudo que citei
acima, ainda, a funcionária que trabalha na empresa precisa usar
batom da cor do crachá, a unha pintada da cor do crachá e o cabelo
no modelo adequado, mas eles não dão um real para que essa
funcionária se apresente nessas normas, que acaba pagando um preço
caro por essas exigências.
A crise no setor não embarcou e nem
vai embarcar porque os senhores e senhoras, que estão aqui na fila,
garantem que os voos fiquem lotados. E a passagem que vocês pagam
não é barata, é cara. Exigimos respeito a esses funcionários que
garantem a segurança do voo dos senhores e senhoras. Vamos
continuar na luta para defender os trabalhadores que estão atrás do
balcão”.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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