Fotos: Mídia Consulte
Mesa: Paulinho, Fátima, Guterra e Trampolim -
foto: Mídia Consulte - 30 de julho de 2014
Dirigentes do ramo dos transportes da
CUT debateram em reunião, realizada na 14ª Plenária Nacional da
CUT, a atual situação dos setores e os seus principais
desafios.
Um dos temas foi a denúncia de machismo por parte de algumas
empresas de ônibus em Salvador, que se recusam em contratar
mulheres. “Na nossa base temos 18 garagens, apenas cinco aceitam
mulheres. Isso é machismo e discriminação”, acusa Neila Lima Rocha,
Secretária da Mulher do Sindicato dos Rodoviários de
Salvador.
O presidente da CNTT/CUT, Paulinho, orientou a companheira a procurar os órgãos competentes, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), e formalizar uma denúncia. “Para combater a discriminação à mulher temos que tomar medidas de maior impacto. Também é fundamental colocar nas pautas de reivindicações a necessidade da contratação de mulheres”, explica.
Paulinho citou como exemplo de valorização do trabalho da mulher a profissão de agente de bordo, implantada em Sorocaba, na década de 90, após muita luta do Sindicato dos Rodoviários. “Antes desta profissão, o sistema de ônibus em Sorocaba era um caos: havia evasão de dinheiro e muita violência. Hoje, com o agente de bordo mudou para melhor. As mulheres dominam a profissão, fazem de tudo dentro do coletivo, menos cobrar. Elas auxiliam o motorista e operam a rampa para as pessoas com deficiência”, relata.
O sindicalista também respondeu aos questionamentos da interferência no MPT nas lutas sindicais. “É uma batalha dura, porque muitos promotores são ligados aos representantes patronais, por isso, existe perseguição à nossa luta. Não podemos nos calar, temos que reagir e fazer denúncias da CNTT aos órgãos competentes, como à OIT”, relata.
Dirigentes do ramo dos
transportes no final da reunião - foto: Mídia Consulte 30 de julho
2014
Ação de penosidade por vibração
Paulinho também orientou que todos os sindicatos rodoviários do País filiados entrem com ação na Justiça exigindo o pagamento do adicional de “penosidade por vibração” ao motorista e cobrador. A expressão é nova e refere-se às condições que estes trabalhadores estão submetidos no dia a dia: como ruídos, vibrações, calor e pressões. Situações consideradas penosas e, portanto, prejudiciais à saúde ou integridade física do motorista e cobrador. “Há decisão favorável nos Tribunais, portanto, é fundamental que todos entrem com essas ações para garantir mais esse importante direito ao trabalhador e trabalhadora”, concluiu.
Viviane Barbosa, Redação da CNTT
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