“A luta contra o preconceito e a discriminação depende de todos nós”, afirma Neila

A Secretária da Mulher do Sindicato dos Rodoviários de Salvador denuncia machismo nas empresas de ônibus


Publicação: 04/08/2014
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Neila Lima Rocha, Secretária da Mulher do Sindicato dos Rodoviários de Salvador. - Foto: Mídia Consulte

Dirigentes do ramo dos transportes da CUT debateram em reunião, realizada na 14ª Plenária Nacional da CUT, a atual situação dos setores e os seus principais desafios.

Um dos temas foi a denúncia de machismo por parte de algumas empresas de ônibus em Salvador, que se recusam em contratar mulheres. “Na nossa base temos 18 garagens, apenas cinco aceitam mulheres. Isso é machismo e discriminação”, acusa Neila Lima Rocha, Secretária da Mulher do Sindicato dos Rodoviários de Salvador.

O presidente da CNTT/CUT, Paulinho, orientou a companheira a procurar os órgãos competentes, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Ministério Público do Trabalho (MPT), e formalizar uma denúncia. “Para combater a discriminação à mulher temos que tomar medidas de maior impacto. Também é fundamental colocar nas pautas de reivindicações a necessidade da contratação de mulheres”, explica. 

Neila elogiou as orientações da CNTT e disse que o Sindicato dos Rodoviários de Salvador tem lutado por melhores condições e espaço para as mulheres rodoviárias. 
“A luta contra o preconceito e a discriminação depende de todos nós”, ressalta.

Agente de Bordo

Paulinho citou como exemplo de valorização do trabalho da mulher a profissão de agente de bordo, implantada em Sorocaba, na década de 90, após muita luta do Sindicato dos Rodoviários. “Antes desta profissão, o sistema de ônibus em Sorocaba era um caos: havia evasão de dinheiro e muita violência. Hoje, com o agente de bordo mudou para melhor. As mulheres dominam a profissão, fazem de tudo dentro do coletivo, menos cobrar. Elas auxiliam o motorista e operam a rampa para as pessoas com deficiência”, relata.

Ação de penosidade por vibração

A CNTT/CUT  está orientando que todos os sindicatos rodoviários do País filiados entrem com ação na Justiça exigindo  o pagamento do adicional de “penosidade por vibração” ao motorista e cobrador. A expressão é nova e refere-se às condições que estes trabalhadores estão submetidos no dia a dia: como ruídos, vibrações, calor e pressões. Situações consideradas penosas e, portanto, prejudiciais à saúde ou integridade física do motorista e cobrador. “Há decisão favorável nos Tribunais, portanto, é fundamental que todos entrem com essas ações para garantir mais esse importante direito ao trabalhador e trabalhadora”, concluiu.

Viviane Barbosa, Redação CNTT 



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