votação online da categoria metroviária
Os metroviários decidiram em assembleias virtuais, realizadas nos dias 24 e 25 de junho, entrar em greve no dia 1º de julho, próxima quarta-feira. A decisão é uma resposta ao governador João Dória (PSDB) e ao Metrô de São Paulo para que desistam da tentativa de retirar vários direitos da categoria e ainda de propor cortes de salários ainda no mês de junho.
A paralisação foi aprovada por 90,42% do total de participantes da assembleia online, realizada pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo, que reuniu 2.505 pessoas.
"Agora em plena pandemia, mesmo sendo o setor de transporte o segundo mais exposto à contaminação com Covid-19, perdendo apenas pro setor de saúde, o governo do estado e a direção da empresa querem acabar com nosso acordo coletivo. Está implantando a partir deste mês e com previsão de concluir a retirada de 18 itens do ACT e redução de outros 11 itens, em caráter permanente", disse ao Portal da CNTTL, Alex Santana Vieira, diretor da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários).
Campanha Salarial
O clima entre o Sindicato e o governo Dória ficou tenso após o
Metrô ter agendado uma reunião de negociação da Campanha Salarial,
no dia 22 de junho. Segundo o Sindicato, esse encontro foi uma
imposição da empresa, demonstrando a intransigência do Metrô, que
só quer discutir apenas suas propostas.
“Nós reivindicamos que as reuniões só deveriam começar após o final da pandemia. O Metrô quer se aproveitar da crise do coronavírus para arrancar vários direitos dos metroviários, conquistados após muitos anos. É um enorme desrespeito da empresa”, destaca nota da entidade.
O Sindicato denuncia que a folha de pagamento já foi processada com a diminuição e retirada de vários direitos.
Para a CNTTL, essa atitude do governador João Dória e do Metrô é desumana e um desrespeito à categoria metroviária que presta um serviço essencial à população e diariamente está arriscando suas vidas diante da pandemia de COVID-19, inclusive, há casos de falecimentos de companheiros e adoecimentos. (veja abaixo)
Veja abaixo alguns dos ataques à categoria metroviária:
-Nenhum reajuste para salários e benefícios
– Redução das horas extras de 100% para 50%
– Fim do Adicional de Risco de Vida para OTMs das bilheterias e
ASMs
– Gratificação de férias cai para 1/3 do salário (a partir de
maio)
– Redução do Adicional Noturno de 50% para 20%
– Diminuição da contribuição da empresa para o Metrus de 84% pra
70% e aumento do desconto máximo pago pelos trabalhadores de 14,69%
para 20% sobre salário-base
– Gratificação por tempo de serviço: manutenção do pagamento apenas
quem completou 5 anos até 30/4/2020. Para os funcionários que já
recebem, o percentual ficará congelado na base de 30/4/2020 (a
partir de maio)
– Fim do auxílio-transporte, da complementação salarial para
afastados por auxílio-doença e acidente do trabalho;
Contaminação COVID-19
Um levantamento realizado pela Fenametro mostra que até o dia
19 de junho 608 metroviários foram contaminados pelo
novo coronavírus (COVID-19) no país. Na base da entidade, o
estado de São Paulo lidera com o afastamento de 282 trabalhadores
contaminados pela Covid-19.
O Sindicato dos Metroviários apresentou no início da pandemia em
São Paulo a adoção de medidas para conter o avanço da doença entre
os trabalhadores, mas o governo Dória se recusa a dialogar,
dizendo que as medidas já são tomadas com o departamento
médico.
Celso Borba, presidente da Fenametro, destacou na Modal-LIVE
da CNTTL, realizada no dia 4 de junho, a preocupação dos
sindicatos metroviários com a saúde do trabalhador diante dessa
pandemia. “Todos os sindicatos da nossa base, São Paulo, Porto
Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Piauí e Brasília, só
ganharam os EPIs depois que entraram na Justiça. Nenhuma empresa
quis negociar esse direito com os sindicatos", alertou.
O sindicalista também denunciou que há alguns governos
estaduais que estão convocando os trabalhadores acima de 60
anos, do grupo de risco, para retornarem ao trabalho e que os
sindicatos têm atuado judicialmente para barrar o retorno.
Confira o levantamento (até 19/6):
POA - 2 casos confirmados;
BH - 2 confirmados;
DF - 33 confirmados;
SP - 123 confirmados + 76 suspeitos e 83 afastados por contato (1
morte de metroviário na ativa e 4 que já estavam afastados) - 12
terceirizados confirmados e 12 suspeitos;
RJ - 27 confirmados e 3 suspeitos;
PI - 0 Metrô fechado
PE - 21 confirmados, 136 suspeitos e 64 afastados por contato (4
Óbitos);
RN - 4 confirmados.
CE - fechado e Alagoas foi reaberto. Sem informações de
Salvador e Paraíba.
Total geral 608 metroviários
Obs:
Números com Subnotificação
BH - tinha Lockdown até 24/05 e metrô apenas horário de pico,
posteriormente abriu comércio e horário ampliado de 05:40h às
20:15h.
PE - Horário Reduzido mas no horário de Pico os trens estão andando
lotados.
POA - as vendas de bilhetes foram retomadas e o funcionamento está
sendo até às 22h
- Aeromóvel (metro x aeroporto) fechada
- Trens acoplados/viagem,mas vazia
- Afastamento dos +60 anos e grupo risco início março e
obrigados a retornar em 05/05, sindicato está ganhando afastamento
na justiça individualmente.
RN - funciona em horário de pico de segunda a sábado com escala de
revezamento na oficina. Estação e Adm funcionam 2h de manhã e 2h no
período da tarde.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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