Protesto dos rodoviários que percorreu as ruas da capita e foi até a sede do Palácio do Governo do Estado.
Sem salários há dois meses e com direitos trabalhistas atrasados, cerca de 400 motoristas, cobradores e funcionários da Viação Tabuazeiro, em Vitória no Espírito Santo, fizeram nesta quinta-feira (7) uma caminhada que percorreu as ruas da capital e foi até a sede do governo do estado. Os trabalhadores do transporte urbano da cidade também estão em greve há 14 dias. O movimento é organizado pelo Sindicato dos Rodoviários de Vitória (Sindirodoviários-ES).
Segundo o Sindicato, a situação dos trabalhadores é preocupante, muitos estão passando dificuldades financeiras, não têm dinheiro para pagar aluguel e nem comprar comida, estão sobrevivendo da ajuda de doações.
"Há três anos temos problemas com essa empresa, que não está depositando o FGTS. Hoje estão atrasados o salário de março, o adiantamento salarial de abril e o tíquete alimentação, que deveria ter sido pago no dia 20 de abril. Agora com a pandemia do novo coronavírus, no qual a frota reduziu e caiu a arrecadação no sistema, a situação ficou pior”, conta o presidente do Sindirodoviários-ES, José Carlos Sales Cardoso, mais conhecido como Gaguinho, ao Portal da CNTTL.
Solidariedade, acordos e EPIs
Na quinta-feira (6), os
trabalhadores no transporte urbano nas empresas Unimar e Grande
Vitória, que operam na capital, fizeram paralisação em apoio aos
companheiros na Tabuazeiro. “A paralisação aconteceu em toda a
capital, paramos 100% o sistema. Nessas empresas a situação está
normal, os trabalhadores estão recebendo”, disse Miguel Ferreira
Leite, diretor do Sindicato ao Portal da
CNTTL.
Perguntado sobre os acordos emergenciais por causa da pandemia de
COVID-19 e se as empresas estão fornecendo máscaras e álcool gel
70% para os trabalhadores, o sindicalista informou que foram feitos
acordos baseados na Medida Provisória 936, que prevê a suspensão
dos contratos, por meio de pagamento de salários, uma parte a
empresa e a outra é paga pelo governo federal, que usa como
referência o Seguro-Desemprego. “Aqui os acordos foram 50% as
empresas arcam com o salário e a outra parte o Governo Federal e
temos acordos 30% e 70%. Conquistamos o direito aos EPI por meio de
ação judicial, agora as empresas resolveram fornecer”, informa
Dias.
Câmara aprova
subsídio
Uma esperança para regularizar os pagamentos atrasados na
Tabuazeiro é o Projeto de Lei (71/2020) que foi aprovado na
quinta-feira (6) pela Câmara dos Vereadores de Vitória.
O PL determina o pagamento de subsídio ao transporte coletivo
municipal, estimado em R$ 3 milhões.
A proposta autoriza a Prefeitura a instituir o Regime Emergencial
de Operação e Custeio do Transporte Público Coletivo e ajuda a
contribuir para o enfrentamento econômico e social da
emergência em saúde pública decorrente da pandemia. Para
entrar em vigor, o PL depende da aprovação do prefeito de Vitória,
Luciano Rezende (PPS).
Audiência de
Conciliação
A Justiça capixaba agendou uma audiência de conciliação nesta
quinta-feira (7) entre o sindicato das empresas de transportes, as
empresas (Tabuazeiro, Grande Vitória e Unimar), a prefeitura de
Vitória e o Ministério Público do Trabalho.
A expectativa é que a situação seja resolvida. Até o
fechamento dessa matéria, a audiência não tinha terminado e os
trabalhadores permaneciam em greve.
Assista aos vídeos dos protestos dos rodoviários
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