Os líderes mundiais prometeram na segunda-feira (4) 7,4 bilhões de euros para apoiar a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e vacinas para a COVID-19, um compromisso considerado pelo principal oficial de saúde da ONU “uma demonstração poderosa e inspiradora da solidariedade global”.
Tedros Adhanom Ghebreyesus estava atualizando jornalistas sobre o resultado da conferência de financiamento do recém-lançado ACT Accelerator para impulsionar a produção de tratamentos para combater a doença.
“Hoje, os países se uniram não apenas para garantir seu apoio financeiro, mas também para garantir que todas as pessoas possam acessar as ferramentas que salvam vidas frente à COVID-19; acelerando o desenvolvimento de produtos e, ao mesmo tempo, o acesso para todos”, afirmou ele, falando de Genebra.
Disponibilizando medicamentos para todos
Tedros enfatizou que a “verdadeira medida de sucesso” dependerá da
distribuição equitativa dos novos medicamentos, não da rapidez com
que eles possam ser desenvolvidos.
“Nenhum de nós pode aceitar um mundo em que algumas pessoas estejam protegidas enquanto outras não. Todo mundo deveria estar protegido”, disse ele.
Tedros enfatizou o compromisso da OMS de trabalhar com todos os países e parceiros para acelerar o desenvolvimento e a produção dos medicamentos e garantir que eles sejam compartilhados igualmente.
“Esta é uma oportunidade para o mundo se reunir para enfrentar uma ameaça comum, mas também para criar um futuro comum; um futuro em que todas as pessoas desfrutam do direito ao mais alto padrão de saúde possível – e aos produtos que proporcionam esse direito”, afirmou.
Recursos adicionais necessários
No entanto, as promessas feitas na segunda-feira cobrem apenas uma
parte da resposta à COVID-19.
Tedros disse que serão necessários mais recursos nos próximos meses para atender à demanda global de equipamentos de proteção individual, oxigênio médico em atendimento hospitalar e outros suprimentos essenciais.
Nesse sentido, a OMS lançará, nesta semana, um plano estratégico de preparação e resposta atualizado para delinear os recursos necessários para apoiar a resposta internacional e os planos de ação nacionais até o final do ano.
Lavar as mãos é questão de vida ou morte
Enquanto isso, Tedros também destacou a importância de uma das
maneiras mais simples de afastar a COVID-19 e outras
doenças. Durante a crise, a OMS promoveu o valor da
lavagem das mãos. Antes do Dia da Higiene das Mãos, nesta
terça-feira (5), a agência da ONU novamente lembrou as pessoas
dessa prática básica.
“O simples ato de lavar as mãos pode ser a diferença entre vida e morte e continua sendo uma das medidas de saúde pública mais importantes para proteger indivíduos, famílias e comunidades contra a COVID-19 – e muitas outras doenças”, disse Tedros.
Infelizmente, milhões em todo o mundo ainda não têm acesso a instalações de água e saneamento.
Tedros relatou que menos de dois terços das unidades de saúde em todo o mundo têm postos de higiene das mãos, enquanto 3 bilhões de pessoas não têm água e sabão em casa.
“Se quisermos parar a COVID-19 ou qualquer outra fonte de infecção e manter os profissionais de saúde em segurança, precisamos aumentar drasticamente os investimentos em acesso a sabão, à água e álcool em gel”, disse ele.
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