Frente Unitária de Trabalhadores do Chile (FUT)
A Frente Unitária de Trabalhadores do Chile (FUT) entregou na quinta-feira (5) um documento, chamado, “agenda social”, que reúne propostas para classe trabalhadora chilena e para o desenvolvimento do país ao presidente do Chile, Sebastián Piñera.
O país, sul-americano, vive uma das piores crises econômicas e sociais de sua história, agravadas pelo governo de direita de Piñera. A explosão da revolta social aconteceu contra o aumento nas passagens de metrô há um mês. A população se revoltou e foi às ruas e há semanas uma onda de manifestações se estende no país.
No documento, a Frente – que reúne sindicatos de trabalhadores dos setores de transportes, serviço público e privado de diversas categorias chilenas -- enfatiza que é necessária a participação do movimento sindical nos processos de transformação que o Chile atravessa, para ajudar a construir uma sociedade de direitos, com igualdade de oportunidades para todos e distribuição da riqueza, onde os bens e serviços públicos funcionem com eficiência segundo os interesses comum e solidário e não pelo interesse mercantil privado.
“O Chile é um país rico, mas o dinheiro hoje tem ficado com os grandes grupos econômicos. Toda a riqueza do trabalho quem produz somos trabalhadores. Hoje, 60% dos assalariados chilenos recebem menos de 400 mil pesos (cerca de R$ 1.905), isso sem contar os trabalhos precários e acidentes de trabalho sem cobertura. As pensões são irrisórias, as empresas pagam mal e o Estado investe pouco dos impostos em políticas públicas e sociais”, cita trecho do documento enviado ao presidente da República.
Para o presidente da FUTAC (Federação Unitária de Transporte, Porto, Pesca e Comunicação da América), Ricardo Maldonado – uma das entidades que assinam o documento—a Frente reitera a importância de uma sociedade democrática, soberana e livre da repressão e da militarização.
“Apoiamos uma nova Constituição que seja fruto da vontade de toda população chilena e que amplie o exercício democrático. Nós criamos as riquezas e nossa voz precisa ser ouvida nas decisões”, ressalta.
O documento das entidades também frisa que o governo Piñera está sem governabilidade e apoia com mais força as lutas dos trabalhadores e também influenciará nas discussões públicas de todos os assuntos sejam econômicos, sociais e políticos, com independência de governos e partidos políticos.
Principais Reivindicações
Que o Congresso Chileno aprove uma Lei que estabeleça a
jornada semanal de 40 horas sem flexibilidação;
Eliminar o trabalho escravo derrotando a lei de subcontratações que
tira direitos trabalhistas. Hoje
a metade dos trabalhadores do país está nesta
situação;
Fim da terceirização em todos os serviços
e das privatizações das empresas públicas (devolvendo os bens
públicos, como: água, lítio, cobre, energia, infraestrutura de
transporte ao povo chileno);
Salário Mínimo no valor de 550 mil pesos líquidos (cerca de R$ 3.000,00);
Elaborar uma Lei Geral das Pensões baseada em um sistema tripartite, no qual sejam garantidas o pagamento do Salário Mínimo;
Assegurar aos enfermos em situação terminal pensão pública;
Respeito ao direito à liberdade e organização sindical, acordados em convenios e tratados internacionais ratificado pelo Chile- Declaração Internacional de Direitos Humanos.
Assinam o documento:
Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor
Público e Privado - CGTB
Confederação Nacional Unitária de Trabalhadores de transportes e
afins do Chile- CONUTT
Confederação de Trabalhadores de Minérios e Serviços Integrales -
CONTRACOMS
Federação Unitária de Transporte, Porto, Pesca e Comunicação da
América (FUTAC)
Central Autônoma de Trabalhadores do Chile - CAT
Federação Nacional de Manipuladores do Chile - FENAMA
Federação de Trabalhadores Contratistas de Anglo American
Federação de Sindicatos Nestlé
Sindicato N1 de Trabalhadores Anglo American
Sindicato Nacional Inter-empresas de Trabalhadores e Trabalhadoras
das Telecomunicações- Sittel
Confira o documento
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