Multidão nas ruas da Colômbia protesta contra governo neoliberal de Iván Duque

Os manifestantes protestam contra o "pacotaço de Duque", que inclui a criação de um salário mínimo reduzido para a juventude e a eliminação da previdência pública

Por: PT no Senado
Publicação: 22/11/2019
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Greve Colômbia

“Eu marcho porque esse governo não vai embora”. O recado ao presidente conservador Iván Duque se alastrou pela Colômbia nesta quinta-feira (21), em manifestações que movimentaram as diversas regiões do país em uma vigorosa greve geral.

Multidões foram às ruas em protesto contra a ameaça de reformas trabalhista e previdenciária planejada pelo governo Duque. As manifestações reúnem estudantes, trabalhadores, indígenas, organizações de mulheres, artistas e intelectuais.

No Centro da capital, Bogotá, manifestantes carregaram uma faixa de mais de 100 metros com os nomes de 537 lideranças populares assassinadas nos últimos anos.

Houve concentrações, marchas e protestos por toda a Colômbia. Além da capital, houve grandes manifestações nas grandes cidades de Medelín, Cáli e Barranquilla, e em localidades menores, como a cidade colonial de Popayán, a distante Quibdó, nas franjas do isolado Darién, e na região de La Guajira, próxima ao Mar do Caribe.

Pacotaço
Os manifestantes protestam contra as reformas do chamado “pacotaço de Duque”. Entre as medidas acalentadas pelo governo conservador estão a criação de um “salário mínimo para a juventude” equivalente a 75% do mínimo nacional e a eliminação da previdência pública.

Também estimula os protestos o plano de privatizações cogitado por Duque, que englobaria a Ecopetrol, estatal que é a maior empresa petrolífera da Colômbia.

Com a convocação da greve geral, o presidente Duque se apressou em negar os projetos, que vinham sendo claramente debatidos por autoridades colombianas, como o ex-presidente e senador Álvaro Uribe, líder e principal referência do partido do governo, o Centro Democrático.

“Ouça o povo”
Os principais registros de repressão policial à greve geral vêm de Bogotá, onde o ESMAD (sigla em espanhol para Esquadrão Móvel Antidistúrbios, unidade de choque da Polícia Nacional) atacou manifestantes no Centro da Capital, e em Cáli, onde foi decretado toque de recolher.

A prefeita eleita de Bogotá, Claudia López, participou das mobilizações e cobrou do governo Duque o respeito ao direito de manifestação e que ouça o povo nas ruas. “A população quer ser ouvida sobre educação, emprego e saúde”, afirmou López, citada pelo site noticioso Semana.

López, que será a primeira mulher a governar Bogotá, foi eleita no último mês de outubro, quando uma onda oposicionista impôs uma dura derrota à direita colombiana na disputa para as prefeituras. Além de Bogotá, Cali e Medelín, entre as grandes cidades, serão governadas por adversários de Iván Duque.

Novo Chile?
A professora de Ciência Política da Universidade de Los Andes (Bogotá) Sandra Borda explica que os setores envolvidos na Greve Geral são muito diversos e expressam variadas posições políticas. “Eles têm razões diferentes, mas estão todos dispostos a protestar”, afirmou Borda à rede britânica BBC.

“Essa não é apenas uma marcha de sindicatos e setores de esquerda”, aponta a professora. Para quem a greve parte de demandas específicas e tende a convergir para um “movimento antigoverno” com características semelhantes aos protestos em curso no Chile.

Intimidação e ataques
Os dias que antecederam a greve geral na Colômbia foram marcados pela presença massiva de forças policiais nas ruas das principais cidades. Houve invasões a sindicatos, intimidações a artistas e a um jornal alternativo. Essas violações foram justificadas pelo governo como “invasões preventivas” em supostas buscas por “material terrorista”.

Só em Bogotá foram realizadas 15 operações desse tipo, como admitiu a própria Polícia Metropolitana da capital colombiana em uma postagem em sua conta no Twitter. A instituição também ficou a cargo de outras 12 “invasões preventivas” na municipalidade de Soacha, na Grande Bogotá, totalizando 27 operações.

Fronteiras fechadas
As fronteiras terrestres e fluviais da Colômbia estão fechadas desde a meia-noite desta quinta-feira (21) e só deverão reabrir às cinco horas da manhã de amanhã.

Um decreto presidencial autoriza a governadores de províncias e prefeitos a decretarem toque de recolher em suas jurisdições.



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