Foto: Roberto Parizotti/CUT
Em reunião na sede da CUT nesta sexta-feira (8), as principais
centrais sindicais do Brasil – CUT, Força Sindical, CTB, UGT,
Intersindical e Conlutas e CGTB – definiram entrar em estado
de greve contra a reforma da Previdência. Uma nova reunião já foi
agendada para o próximo dia 14 para avaliar as movimentações na
Câmara dos Deputados e a possível colocação da reforma em
pauta.
“A greve acontecerá no dia em que os golpistas colocarem para votar
a nova proposta de reforma”, disse Vagner Freitas, presidente da
CUT.
E durante todo o mês de dezembro, as centrais realizarão com seus
sindicatos, federações e confederações uma jornada de luta para
mobilizar, aquecer e preparar a greve em todo o Brasil.
O centro da estratégia discutida na reunião desta sexta é impedir a
votação da nova reforma da Previdência, utilizando todo o tipo de
pressão já a partir deste domingo (10), quando começa a jornada de
luta, que consiste em ações como, recepção aos parlamentares nos
aeroportos, idas aos gabinetes dos deputados e deputadas, denúncias
em suas bases eleitorais, assembleias com os trabalhadores e
trabalhadoras, panfletagens à população.
O dia 13, quarta-feira, será um dia especial para a base da CUT
mobilizar os trabalhadores e as trabalhadoras com atos em todas as
capitais e grandes cidades, visitas às bases dos parlamentares e
panfletagens. “Tudo isso é um aquecimento para greve que faremos no
dia em que a Câmara colocar a proposta em votação”, salienta
Vagner.
Com esse tipo de ações impedimos a aprovação do desmonte da
aposentadoria até agora, lembra Vagner, que afirma: “Eles não
votaram porque nós conseguimos disputar a opinião pública e vencer.
O povo entendeu que não é reforma, é desmonte, é o fim do direito
de se aposentar.”
Segundo Vagner, a pressão nas bases eleitorais dos parlamentares e
a mobilização das categorias em todo o Brasil estão surtindo
efeito. “Não podemos ter dúvidas disso. Precisamos intensificar as
ações na próxima semana e, se for necessário, a greve será mais um
instrumento da nossa luta”, explica o dirigente.
Vagner diz que vai ter greve, sim, mas isso só ocorrerá quando a
Câmara colocar na pauta a votação da nova proposta de
reforma.
“O dia em que colocarem para votar,
nós vamos parar o Brasil”, garante o presidente da
CUT.
O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, explica que o golpista
Temer (PMDB-SP) não tem a menor preocupação com a classe
trabalhadora, nem mesmo com a opinião pública, já que se conformou
com a popularidade de 1% nas pesquisas.
“Ele tem uma tarefa a cumprir e está sendo pressionado para isso.
Votar a reforma da Previdência a qualquer custo este ano é o recado
que o governo precisa dar ao mercado”, diz Sérgio.
Segundo ele, quem tem preocupação com a opinião pública são os
deputados, pois estão de olho nas eleições de 2018. “O governo sabe
que ano que vem pode ter mais dificuldade em passar a reforma, por
isso está tentando de tudo para aprovar e nossa tarefa urgente
neste momento é manter a pressão”.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, reforça que a base da Central
está em estado de greve e pode cruzar os braços a qualquer momento.
“Estamos criando as condições necessárias para que os sindicatos e
os trabalhadores e trabalhadoras possam realizar uma grande e
excelente greve”, explica.
“A CUT está junto dos seus sindicatos na construção da greve para o
que der e vier”, completa.
“A greve geral do dia 28 de abril é um excelente exemplo do que
podemos fazer caso ousem votar a reforma da Previdência na última
semana antes do recesso parlamentar”, alerta Vagner.
Na Pressão: quem vota, não volta em 2018!
É hora de colocar pressão nos parlamentares e dizer que eles não
serão reeleitos caso votem pelo fim do direito à aposentadoria de
milhões de brasileiros e brasileiras. De acordo com levantamento
feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(DIAP), 167 deputados declararam que vão votar a favor da reforma.
Outros 152 disseram que vão votar contra e 198 estão indecisos.
Uma das formas de pressionar os deputados e deputadas é utilizar o
site Na Pressão, uma ferramenta da CUT lançada em
junho deste ano e que permite contatar os parlamentares por e-mail,
mensagens, telefone ou redes sociais.
O Na Pressão possibilita enviar, de uma só vez,
e-mail para todos os parlamentares indecisos ou a favor do governo
do ilegítimo Temer pelo link "Ativar Ultra Pressão". Ao clicar na
foto individual do parlamentar, é possível acessar informações
completas do deputado, como partido, estado e até mesmo contato
para envio de mensagens por meio do whatsapp. Entre agora e pressione!
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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Tags: #greve #direitos #aposentadoria
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