Dirigentes da Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários e os Sindicatos Ferroviários do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas
A Federação Interestadual dos Trabalhadores Ferroviários e os
Sindicatos Ferroviários do Rio Grande do Norte, Paraíba e
Alagoas realizaram no dia 7 de novembro protesto em
Fortaleza, no Ceará, contra as demissões em massa de trabalhadores
e dirigentes sindicais.
O ato aconteceu em frente à empresa FTL (Ferrovia Transnordestina
Logística S/A), e contou com o apoio da CUT Ceará e da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística
da CUT (CNTTL).
Segundo a Federação, as demissões arbitrárias iniciaram em outubro e atingiram trabalhadores e dirigentes da FTL e da RFFSA – Rede Ferroviária Federal S/A. Em material, a entidade explica que as demissões estão relacionadas ao tenebroso período de concessão, que iniciou com a desestatização da extinta RFFSA , quando a Malha Nordeste foi para leilão em 18/07/1997.
De lá para cá, milhares de postos de trabalhos foram perdidos, e, mais recente, uma perseguição política aos dirigentes dos Sindicatos dos Ferroviários do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas quando a Ferrovia Transnordestina Logística S/A demitiu sem justa causa todos os representantes legítimos dos trabalhadores.
Segundo Jerônimo Miranda Netto, coordenador da Federação, o golpe arquitetado pela direita e extrema direita em curso no país possibilita aos empresários a ousadia desse tipo de demissão em massa mesmo sendo detentores de estabilidade provisória dos dirigentes.
“Essas demissões são um crime contra a organização sindical e desrespeita normas preconizadas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo ordenamento jurídico nacional”, conta.
Segundo o sindicalista, a gestão empresarial da Ferrovia Transnordestina Logística S/A é uma tremenda tragédia e com as recentes mudanças na direção vêm adotando procedimentos que alimentam o ódio, a insegurança e a desmotivação, passando por cima das leis e deixando pais e mães de família no desespero.
“Os empresários estão organizados porque têm ao seu favor uma Agência Reguladora (ANTT) que tem o papel de fiscalizar e adotar punições às concessionárias diante do descumprimento de investimentos, metas e contrapartidas de serviços públicos contidos nos contratos de concessão e arrendamento, mas esse órgão não tem cumprido seu papel, deixando a FTL nadar de braçada, cometendo arbitrariedades e o absurdo de retirar dezenas de postos de trabalho”, explica.
Lula presidente
Geronino enfatiza que a sociedade civil organizada e o povo têm que eleger seu presidente através de eleições diretas. “E o nome para revogar todas as medidas contra o povo e contra a nação, sobretudo, a reforma trabalhista é Luis Inácio “Lula” da Silva. Inclusive em seu Programa de Governo deve constar a proposta da nossa Federação da CUT, que contempla um sistema de transporte que atenda nossas reivindicações. Eleição sem Lula é uma fraude na democracia", ressalta.
Reunião com ANTT e DNIT
Com a finalidade de reverter as demissões, a Federação e os sindicatos ferroviários da Bahia e Sergipe, Nordeste e Paraíba se reuniram com o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) e com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
As reuniões foram frustrantes e não avançaram. Segundo os sindicalistas, a ANTT e o DNIT simplesmente informaram que "não podem fazer nada para ajudá-los".
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