Foto: Lula Marques
Dois meses após a Câmara dos Deputados livrar o ilegítimo Michel
Temer da denúncia de corrupção passiva apresentada pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), mais uma vez o plenário da
Casa votará a admissibilidade de denúncia contra ele.
Desta vez, a PGR acusa Temer por obstrução à Justiça e organização
criminosa. Ele é apontado pelo órgão como o líder de um esquema de
propina em companhias como Petrobrás, Furnas e Caixa Econômica
Federal ao lado de outros integrantes do PMDB.
Caso 342 deputados votem a favor da autorização da abertura do
processo, a denúncia segue para análise do Supremo Tribunal
Federal. Se o tribunal também julgar o caso procedente, o ilegítimo
será afastado por 180 dias do cargo.
Após esse prazo, se não for julgado, reassume o cargo. Do
contrário, segue o mesmo trâmite enfrentado pela presidenta Dilma
Rousseff. A Câmara, porém, pode arquivar a denúncia e o processo
ficaria suspenso até o termino do mandato.
Temer já te roubou demais
Desde que assumiu a presidência, Michel Temer coleciona uma série
de roubos de direitos. Com a Reforma Trabalhista, que entra em
vigor no mês de novembro, começam a valer jornadas de trabalho de
até 12 horas, o pagamento por horas trabalhadas com salários
proporcionais – inclusive menores que o mínimo –, a terceirização
sem limites e o negociado sobre o legislado (um acordo ruim para o
trabalhador valerá mais do que a lei).
Também está na pauta do governo a Reforma da Previdência com o
aumento da idade mínima de aposentadoria para 65 anos, também para
homens, quanto para mulheres, do campo e da cidade.
Além disso, a Emenda Constitucional 95/2016 (EC 95) limita o
investimento em políticas públicas de áreas como saúde e educação
por 20 anos.
Como forma de fazer caixa e sem estratégia alguma para a área
econômica, Temer e equipe já venderam o Pré-Sal, rodovias,
ferrovias, a Eletrobrás, terminais portuários, hidrelétricas e até
a Casa da Moeda.
Na área habitacional, em 2017, além de acabar com o uso do FGTS
para financiar a casa própria, apenas 9% dos valores previstos para
o Minha Casa Minha Vida foram destinados.
Enquanto anistiou dívida de R$ 8,4 bi dos ruralistas, Temer cortou
70% dos recursos destinados ao Programa de Aquisição de Alimentos e
84% do investimento destinado à Política de Segurança Alimentar e
Nutricional, que tem os agricultores familiares como principais
fornecedores.
Quase 400 farmácias populares foram fechadas e uma portaria tirou a
obrigatoriedade de investir R$ 3,3 bi no programa. O estrago
poderia ainda ser pior. Não fosse a pressão popular, o governo
ainda manteria a portaria que flexibilizava o conceito de trabalho
escravo, facilitando a exploração de trabalhadores em situação
análoga à escravidão. A medida foi suspensa por uma liminar nesta
terça (24) da ministra do STF Rosa Weber.
E, na área ambiental, Temer ainda liberaria a exploração da Reserva
Nacional de Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, região entre
Pará e Amapá, para mineração privada, decisão que foi revogada.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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