CGT - Reprodução
Da mesma forma que acontece no Brasil, também na França a classe
trabalhadora enfrenta ataques aos sues direitos sob o
argumento de ‘modernização das relações trabalhistas’.
No último dia 12, Emmanuel Macron, ex-ministro da economia de
Fraçois Holande e Manuel Valls, viu mais de 400 mil pessoas
protestarem nas ruas contra a medida que estabelece um teto para
indenizações por demissão, facilita demissões em multinacionais em
casos de crise e abre espaço para acordos em questões como jornada
de trabalho e remuneração, entre outros pontos.
As empresas com até 50 funcionários também não precisariam negociar
com os sindicatos acordos coletivos, numa lógica semelhante ao
negociado sobre o legislado apresentado pelo ilegítimo Michel Temer
e aprovado pelo Congresso Nacional.
As manifestações capitaneadas pelas centrais CGT e FSU, que retomam
as jornadas de luta contra os ataques aos direitos trabalhistas
iniciadas por Hollande, resultaram em cerca de 200 mobilizações em
várias partes do país e greve em 4 mil empresas, com paradas,
principalmente, nos setores de transporte, energia e saúde.
As manifestações que paralisaram aeroportos e trens são apoiadas
por metade dos franceses. Em nota à CGT, a CUT, por meio do
secretário de Relações Internaiconais, Antônio Lisboa, manifestoiu
solidariedade à luta.
“A proposta de Reforma Trabalhista na França, sem dúvida, retrata o
ataque aos direitos e ao modelo social francês que tem sido uma
referência importante. A facilitação das demissões e o
enfraquecimento dos sindicatos e das negociações com as empresas
são sérios ataques não somente à classe trabalhadora, mas à toda
sociedade que perderá com a precarização do emprego e o aumento da
insegurança com fortes impactos econômicos e sociais”, apontou
o dirigente.
Lisboa ressalta ainda que somente a luta de organizações sindicais
fortes que enfrentam a capital com resistência e com respeito aos
direitos e conquistas da classe trabalhadora que poderemos avançar
para um mundo mais justo, igualitário e digno.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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