Sorocaba: Trabalhadores do transporte urbano retomam paralisação em defesa de aumento salarial

Para o Sindicato está cada vez mais evidente que o impasse na campanha salarial é fruto de uma decisão política e não financeira

Por: Fabiana Caramez, do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba
Publicação: 19/07/2017
Imagem de Sorocaba: Trabalhadores do transporte urbano retomam paralisação em defesa de aumento salarial

Trabalhadores lotam assembleia - foto: Sindicato

Os trabalhadores em transporte urbano de Sorocaba, cidade do interior do estado de São Paulo, reunidos em assembleia na manhã desta quarta-feira (19) na sede do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, rejeitaram por unanimidade a proposta apresentada pela Prefeitura Municipal de Sorocaba de 1,57% como antecipação de reajuste salarial e aprovaram o retorno à greve.

A paralisação da categoria estava suspensa desde o dia 13 de julho, quando o prefeito José Caldini Crespo se comprometeu a apresentar uma proposta de reajuste real, após a Câmara Municipal de Vereadores se propor a adiantar o repasse à Prefeitura dos recursos economizados pela Casa de Leis para solucionar o problema no transporte sem precisar aumentar o valor da passagem de ônibus.

Infelizmente, em reunião realizada ontem (18), em vez de apresentar proposta de aumento real de salário como tinha acordado, a Prefeitura manteve a mesma proposta de 4% de reposição da inflação retroativa a maio, que é a data-base da categoria, e apresentou a proposta de antecipação salarial de 1,57% a partir de setembro. Como a antecipação salarial não é ganho real e significa que o trabalhador irá chegar na próxima data-base devendo para a empresa, tendo descontado do seu próximo reajuste o valor de 1,57%, correndo o risco de ter seu salário reajustado abaixo da inflação do período, a categoria rejeitou a proposta.

A Prefeitura também manteve a proposta de aumento de R$ 1,00 no tíquete-refeição, que passaria a R$ 21,00 por dia a partir de novembro - o que a categoria aceita - e o congelamento do valor da participação nos lucros e resultados (PLR) em R$ 1.500,00 - que é considerado discutível pela direção do Sindicato.

Para o Sindicato está cada vez mais evidente que o impasse na campanha salarial do transporte urbano de Sorocaba é fruto de uma decisão política e não de um problema financeiro, pois agora existe verba para resolver a questão. O Sindicato avalia que o prefeito quer impor uma política de achatamento salarial a todas as categorias que, de forma direta ou indireta, tem relação com o poder público. Os trabalhadores em transporte urbano irão lutar contra essa política que prejudica a qualidade de vida e a economia local.

Diálogo com as empresas

O Sindicato dos Rodoviários entrou em contato com as empresas Sorocaba Transportes Urbanos (STU) e Consórcio Sorocaba (CONSOR) na manhã desta quarta-feira (19) para tentar chegar a um acordo que acabe com o impasse e evite a greve. O Sindicato aguarda retorno das empresas.

Assembleia da noite

No começo da noite, às 18h, irá acontecer outra assembleia com os trabalhadores em transporte urbano para decidir pelo retorno ou não à greve. A assembleia também acontecerá na sede do Sindicato, localizada na rua Capitão Augusto Franco, 159.

Caso não ocorra um fato novo e a assembleia da noite sacramente a decisão pela greve, a paralisação terá início na madrugada de amanhã (20) e o Sindicato irá manter em circulação 70% da frota de ônibus em horários de pico e 50% da frota nos demais horários, além de 100% do transporte especial necessário. 



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