Arte: Maria Dias-Secom/CUT-SP
No próximo domingo, dia 18, a cidade de São Paulo receberá a 21ª edição da Parada do Orgulho LGTB. A concentração será às 10h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
A caminhada começará às 12h, na Avenida Paulista, região central da capital, descerá a Rua da Consolação e terminará com shows no Vale do Anhangabaú. Entre as artistas estarão Daniela Mercury, Naiara Azevedo e Anitta.
Depois de 20 edições, o lema da parada deste ano será “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei! Todas e todos por um Estado Laico”.
Ao todo, 19 trios elétricos integram a festa. A CUT São Paulo estará presente no 11º trio elétrico do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Outras entidades cutistas também estarão presentes, como a Comissão LGBT do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), que organiza a ala “Jornalistas contra a discriminação”, com concentração na esquina da Avenida Paulista com a Rua Peixoto Gomide, a partir das 12h.
Coordenador do Coletivo LGBT da CUT de São Paulo, Marcos Freire ressalta que a população LGBT está presente em todos os lugares da sociedade, mas a barreira do preconceito ainda não foi quebrada.
“A discriminação muitas vezes começa em casa, passa pela escola e chega até o mundo do trabalho, onde não encontra receptividade. Muita gente não consegue acessar o mercado de trabalho e, quando consegue, passa por dificuldades de ascender a melhores cargos e salários, sem falar da própria falta de respeito onde a pessoa atua”, exemplifica.
Secretária de Políticas Sociais da CUT São Paulo, Kelly Domingos aponta que o evento é uma oportunidade de aprofundar o debate nas bases.
“Vivemos num clima de instabilidade política, de golpe, onde o fascismo também mostra sua cara. Um cenário em que a bancada fundamentalista coloca as garras de fora. E é aí que a discriminação e o preconceito ficam em evidência, assim como a violência, principalmente contra populações como a LGBT”, diz.
Segundo levantamento do portal G1, a partir de dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, pelo menos 465 vítimas, num período de 10 anos, buscaram ou foram encaminhadas à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) em São Paulo para registrar uma queixa de crime motivado por homofobia.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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