Campanha da ONU “O Valente não é Violento” que está sendo aplicado nas escolas do Espírito Santo
As Nações Unidas reforçaram, na quinta-feira (25), batizado de Dia Laranja Pelo Fim da Violência contra as Mulheres, seu apelo à mobilização de recursos para acabar com a violência contra mulheres e meninas e para o imenso custo dessa violência de gênero.
Segundo o órgão, estima-se que o custo da violência contra as mulheres represente 2% do produto interno bruto global, ou cerca de 1,5 trilhões de dólares.
“A violência contra as mulheres é uma manifestação perversa fruto da discriminação e da desigualdade de gênero. Para além das consequências humanas imensuráveis que ela traz, tal violência impacta em elevados custos para os serviços de atendimento -incluindo a saúde, a segurança e a justiça. Investir na prevenção e na erradicação da violência contra as mulheres e meninas é muito menos custoso do que tem nos custado a falta de ação”, diz Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres.
Enfrentamento
O enfrentamento à violência contra mulheres e meninas continua apresentando desafios para o Brasil, ilustrados em dados e pesquisas sobre o tema. 40% das mulheres brasileiras já sofreram violência doméstica em algum momento de sua vida.
De acordo com pesquisa nacional de percepção , 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente em 2016.
Em 2014, foram mais de 45 mil estupros cometidos no Brasil. A
cada duas horas uma mulher é assassinada no país, a maioria por
homens com os quais têm relações afetivas. O que coloca o Brasil na
5º posição em um ranking de 83 países em assassinato de
mulheres.
Agenda 2030 Rumo à Igualdade de Gênero
A Agenda 2030 reconhece a violência de gênero como uma barreira ao desenvolvimento. Os compromissos assumidos pelos Estados-Membros nesta Agenda desafiam os governos e a comunidade internacional a garantir financiamento e serviços adequados para vítimas de violência e a implementar mecanismos de prevenção para impedir que a violência contra mulheres e meninas aconteça em primeiro lugar.
Evidências disponíveis mostram o imenso custo da violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. E, paralelamente, também há iniciativas que ilustram como investimentos de pequena escala, quando oportunos e bem direcionados, podem trazer enormes benefícios para mulheres e meninas e para suas comunidades.
Prevenção no Brasil
Estudos sobre o custo da violência indicam que a prevenção precoce custa imensamente menos do que a intervenção em estágios avançados de crise. Revelam ainda que investir em detectar e prevenir a violência contra as mulheres poupará recursos consideráveis no futuro.
O Governo do Espírito Santo tem olhado para a prevenção como uma das principais formas de enfrentar as violências estruturais. O Estado ocupa o 2º lugar em assassinato de mulheres no país.
Em 2016, a Secretaria de Políticas para as Mulheres do Estado iniciou em parceria com a ONU Mulheres a capacitação de 43 professores e gestores da rede pública de ensino para implementação do currículo: O Valente não é Violento nas escolas.
A parceria visa avançar na prevenção da violência contra mulheres e meninas por meio da educação formal sobre igualdade de gênero.
Uma segunda etapa do projeto inclui a realização de um piloto com 50 escolas da rede pública, a fim de reduzir os índices de violência contra meninas, incluindo a violência sexual, o abuso, a gravidez na adolescência e o casamento infantil.
Dia Laranja
Todo dia 25 do mês é um Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as
Mulheres. A data conclamada pelas Nações Unidas no marco da
Campanha UNA-SE busca ampliar o calendário celebrado no dia 25 de
novembro – Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as
Mulheres. Trata-se de um dia para dar visibilidade ao tema,
mobilizar o compromisso e exigir as condições para que mulheres e
meninas possam viver uma vida livre de violência.
O custo da violência contra as mulheres
O custo da violência contra as mulheres pode chegar a 2% do PIB mundial. O que equivale a 1.5 trilhões de dólares - aproximadamente a economia do Canadá.
Em Uganda, o custo anual com funcionárias/os que tratam mulheres vítimas de violência doméstica é de 1.2 milhões de dólares.
O custo anual da violência contra as mulheres para a Justiça no Marrocos é de 6.7 milhões de dólares.
Na Nova Guiné, empregadas do setor privado perdem 11 dias de trabalho ao ano como resultado da violência de gênero.
O Peru perdeu mais de 70 milhões de dias trabalhados devido à violência doméstica e familiar.
20% das mulheres no Camboja que foram vítimas de violência doméstica relatam que faltaram ao trabalho e seus filhos faltaram à escola.
No Vietnã, o custo direto da violência
doméstica representa 21% das despesas mensais das mulheres; e
vítimas da violência doméstica ganham 35% menos do que mulheres que
não sofreram este tipo
de violência.
O custo anual da violência cometida por parceiros íntimos das mulheres é de 5.8 bilhões de dólares para os Estados Unidos e de 1.6 bilhões de dólares para o Canadá. Na Inglaterra e no País de Gales o custo da violência doméstica soma 32.9 bilhões de dólares.
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