Roberto Parizotti
A CUT e os movimentos sociais, que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, promoveram na quinta (18) uma coletiva de imprensa, na sede da central, em São Paulo.
Na ocasião, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, deixou
claro a central e as frentes não aceitarão qualquer saída ao
governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) fora das eleições
diretas.
Para as organizações, ainda que protele a decisão, o cambaleante
Temer (PMDB) já sabe que não tem condições políticas,
governamentais e moral para se manter como presidente da
República.
A questão agora é discutir o que ou quem o sucederá e acertaram que
o eixo “Fora Temer, Diretas Já e pela retirada imediata das
reformas Trabalhista e Previdenciária” norteará a luta.
“Entendemos que ele deve renunciar imediatamente à presidência e
não aceitaremos o golpe dentro do golpe. O que se está construindo
é a saída dele e a indicação por via indireta de outro qualquer nas
hostes da república e que tem implicação nesta crise tanto quanto
ele. Só não tem gravação. Ainda”, lembrou Vagner.
Segundo ele, a ascensão ao cargo sem consulta ao povo só
aprofundará a crise, seja o escolhido da Câmara, Senado ou do
Supremo Tribunal Federal (STF).
“(Se isso acontecer) nós vamos continuar fazendo a campanha pelas
Diretas Já que vamos denunciar internacionalmente que os mesmos que
construíram a crise continuam no poder, só trocando de nome. A
crise é uma oportunidade para que o Brasil possa convocar eleições
direitas elegendo um governo com credibilidade para propor mudanças
econômicas necessárias para o Brasil sair da crise”, defendeu
Vagner.
Calendário de lutas
Para o presidente da CUT, as ruas mostrarão nos próximos dias que o
país não quer mais conviver com um governo marcado pela sujeira e a
incompetência.
Em diversas cidades do país hoje acontecerão manifestações. Em São
Paulo, a mobilização acontece na Avenida Paulista, às 19h, no vão
livre do MASP.
No próximo dia 21, mais uma vez o povo vai às
ruas em todo o Brasil pelo “Fora Temer” e dia
24 haverá ato centralizado em Brasília. Mas outras
cidades também promoverão manifestações.
“A hora é de lutarmos para sair da crise e pelo retorno do
desenvolvimento econômico, da credibilidade e pelo fim da
bandalheira”, convocou Vagner.
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