divulgação
Para retirar direitos dos trabalhadores e precarizar as relações de trabalho, o governo golpista de Temer está propondo uma reforma na legislação trabalhista. "A justificativa do projeto de lei 6.787/2016 se sustenta em três mentiras", explica o deputado federal (PT-BA) e membro da Comissão Especial da Reforma Trabalhista, Robinson Almeida. Confira a seguir no Portal CNTTL:
A reforma trabalhista não vai promover a geração de empregos
Não há um caso no mundo que sustente esse sofisma. Em todo país onde ocorreram mudanças semelhantes, não se verificou aumento dos postos de trabalho. No México e na Espanha, por exemplo, o que se viu foi apenas perda da qualidade dos empregos e do valor dos salários, sem diminuição do desemprego.
O governo precisa enfrentar a crise econômica com outra agenda, diferente da reforma trabalhista. A geração de empregos é, antes de tudo, uma obra da economia. Para isso, o país precisa retomar o crescimento, por meio de investimentos públicos e privados e pela ampliação de crédito para girar a roda do consumo.
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) não está
superada
Nascida em 1943, a CLT sobrevive com aperfeiçoamentos frequentes.
Nos últimos 15 anos, teve 75% dos seus artigos alterados, mas
sempre mantendo a proteção básica ao trabalhador. Para
modernizá-la, não é preciso ameaçar conquistas como o salário
mínimo, horas extras, férias, 13º salário, adicionais de
periculosidade e insalubridade e aviso prévio, dentre outras.
Tampouco se deve responsabilizar a CLT pela alta judicialização das
questões trabalhistas. A sobrecarga da Justiça do Trabalho resulta
do constante desrespeito à lei, sobretudo por grandes empresas que
desejam agora reduzir suas obrigações trabalhistas para lucrarem
mais. Mas as propostas de mudança da CLT não garantem que haverá
menos causas trabalhistas. A insegurança jurídica causada pela
reforma da legislação pode ter efeito inverso.
A negociação entre patrões e empregados não será mais vantajosa que as leis trabalhistas
Num momento de crise econômica e desemprego, incapazes de
discutir em igualdade de condições com os patrões, os trabalhadores
seriam coagidos a ceder em seus direitos essenciais. E isso
afetaria a participação dos salários na renda nacional, agravando o
quadro recessivo.
Nos conflitos entre capital e trabalho, o Estado, por meio das
leis, deve garantir empregos decentes, como proclama a Organização
Internacional do Trabalho (OIT). Por isso, a Constituição prevê
acordo coletivo só para os casos de ampliação de direitos ou quando
haja condições para soluções justas e equilibradas.
A verdade da reforma é outra. O governo ilegítimo decidiu cobrar do
trabalhador brasileiro a conta da crise. Quer baratear o custo da
mão de obra no Brasil, com o maior ataque aos direitos trabalhistas
em todos os tempos. Vamos resistir nas ruas e no Congresso a mais
essa tentativa de desmonte das conquistas sociais.
*Robinson Almeida é deputado federal (PT-BA) e membro da Comissão Especial da Reforma Trabalhista
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
Mídia Consulte Comunicação &Marketing
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima
E-mail: viviane@midiaconsulte.com
Redação: jornalismo@midiaconsulte.com
Siga a CNTTL nas redes sociais:
www.facebook.com/cnttloficial
www.twitter.com/cnttloficial
www.youtube.com/cnttl
Mídia
Canal CNTTL