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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello deu prazo de dez dias para que o presidente da República, Michel Temer, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, prestem informações sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da reforma da Previdência. A solicitação de Mello é feita após recebimento de um mandado de segurança, impetrado por 28 deputados de oposição.
A ação pede a anulação dos atos que levaram à tramitação da PEC
na Câmara. Os deputados alegam que o governo não apresentou um
estudo atuarial, necessário para confirmar o desequilíbrio nas
contas da Previdência e a consequente necessidade de alteração nas
regras. O ministro da Suprema Corte deve aguardar as informações
solicitadas antes de decidir sobre o acolhimento ou não do mandado
de segurança. O acolhimento significaria a suspensão da tramitação
da matéria na Câmara.
Mello também pede informações do presidente da Comissão Especial
destinada a debater o tema na Câmara, o deputado Carlos Marun
(PMDB/MS), e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça e
de Cidadania da Câmara (CCJ), cujo nome ainda não foi definido.
Quando a PEC foi acolhida na Câmara, em dezembro do ano passado, o
presidente da CCJ era Osmar Serraglio (PMDB/PR).
Oposição
Os deputados alegam que estudo atuarial é requisito obrigatório
para confirmar o desequilíbrio nas contas da Previdência e a
necessidade de alteração nas regras.
“Não se trata de mera orientação para a gestão administrativa. O
estudo atuarial é requisito formal para a regularidade material das
condições previdenciárias em qualquer regime, em especial quando
objeto de alteração constitucional”, diz um trecho da ação.
A oposição argumenta ainda que a elaboração da PEC ocorreu “à
revelia do Conselho Nacional de Previdência Social”. “[O conselho
é] órgão superior da Administração Federal de deliberação
colegiada, com representação dos trabalhadores e do governo, cuja
finalidade, entre outras, é justamente a de discutir assuntos de
interesse previdenciário dos trabalhadores”, dizem os
deputados.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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