Direção da CNTTL/CUT debate ações de luta e resistência contra retirada e retrocesso nos direitos
Manutenção do posto de cobrador; o combate a violência nos ônibus e demissões no setor aéreo e o enfrentamento às reformas trabalhista e previdenciária são as principais bandeiras
Por: Viviane Barbosa, Assessora de Imprensa da CNTTL Publicação: 09/02/2017
Eduardo Guterra, vice presidente da CNTTL e diretor da Executiva da CUT, Paulinho, presidente da CNTTL e Carlos Silvestre, assessor político da CNTTL -Foto: Mídia Consulte
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e
Logística da CUT (CNTTL) realizou na quarta-feira (8) a primeira
reunião da Direção em 2017. O encontro aconteceu em
Brasília, na sede da CUT e reuniu dirigentes dos
sindicatos filiados dos setores aeroportuário, portuário,
condutores e rodoviários das regiões de Alagoas, Feira de Santana
(Bahia), Brasília, Piauí, Uberlândia (MG), Guarulhos (SP), Sorocaba
(SP) e do ABC paulista.
Antes de iniciar os trabalhos, os dirigentes fizeram um minuto
de silêncio em homenagem à ex-primeira dama do Brasil, dona Maria
Letícia Lula da Silva, esposa do companheiro Lula, que faleceu, no
dia 3 de fevereiro, vítima de um aneurisma cerebral.
Os sindicalistas fizeram um balanço das lutas dos sindicatos nas
regiões, por exemplo, no caso dos rodoviários e condutores
foram relatadas a onda crescente de demissões, o acúmulo de
funções, a ameaça do fim do posto do cobrador, a recuperação de
judicial de empresas de ônibus, além do atraso de salários, não
pagamento de direitos e o aumento da violência em razão da falta de
segurança dentro dos ônibus.
O repúdio às demissões em massa de 200 aeroportuários no
Aeroporto Internacional de Guarulhos, na grande São Paulo, foi
outro tema abordado, bem como o apoio da Confederação à luta do
Sindicato da categoria (Sina).
Reformas Trabalhista e Previdenciária
Os dirigentes também manifestaram preocupação com
as reformas trabalhista e da previdência em curso no Congresso
Nacional. “Além de acabar com a aposentadoria especial, ainda
estabelece data limite e tempo de contribuição igual para homens e
mulheres. A presidenta Dilma fez uma reforma da previdência que não
atacou direitos. Já na trabalhista o patronato, ou o pato amarelo
da FIESP, quer reduzir custos através da precarização do trabalho e
da jornada maior. Eles estão cobrando a fatura porque apoiaram o
golpe, junto com a elite e parte da mídia”, informa o
vice-presidente da CNTTL e membro da Direção Executiva da CUT
Nacional, o portuário capixaba, Eduardo Guterra.
Manutenção do posto do cobrador
Outro tema que ganhou destaque na reunião da Direção da CNTTL é
a ameaça em algumas cidades do país, citando como exemplo em
Uberlândia, de acabar com o posto de cobrador.
O presidente da CNTTL, Paulo João Estausia, o
Paulinho, criticou esse ataque à profissão e disse que é
desumano e humilhante o motorista dirigir e cobrar ao mesmo tempo e
alertou que é dever de todos os sindicatos rodoviários/condutores
proteger e garantir que os postos de trabalho sejam mantidos.
O sindicalista citou a proposta “absurda” de João Dória,
prefeito de São Paulo (PSDB), que anunciou acabar com o posto de
cobrador nos coletivos. “A questão aí matemática. Dória disse
que vai passar o cobrador a motorista, o que ele vai fazer com os
atuais? Ele teria que dobrar a frota de ônibus na capital de São
Paulo. Essa proposta dele é enganação”, indaga.
Paulinho reforça que a retirada do posto do cobrador só vai
contribuir com o caos no transporte público. “Defendemos que não
seja retirado o cobrador e, no caso da implantação de bilhetagem
eletrônica, que seja mantido o segundo trabalhador dentro do
coletivo. O motorista tem que estar livre para fazer seu
trabalho: dirigir o coletivo. Hoje não é fácil em razão do trânsito
caótico e das penalidades agressivas das infrações de
trânsito", conta.
Ele também citou que é importante que os sindicatos deem
publicidade à defesa da profissão e falou que Sorocaba foi
pioneira. “Nossa cidade foi cobaia em 1992, quando tiraram o
cobrador e virou um caos no transporte, com aumento da evasão de
renda, que chegou a 33%, assaltos dentro do ônibus, tráfico de
drogas, assédio sexual entre outros. Após muita luta, conquistamos
a contratação do agente de bordo, uma vitória para os trabalhadores
e para população”, relata.
Ano de resistência, organização e
luta
Paulinho disse que a CNTTL está preparada para fazer
qualquer enfrentamento de mobilização pacífica e ordeira, seja no
setor de passageiros, cargas e caminhoneiros. “2017 será mais
um ano difícil para a classe trabalhadora. Nosso lema é resistir e
lutar. Temos que estar organizados para barrar qualquer retrocesso
nos nossos direitos. Não vamos abrir mão em hipótese alguma de
nossas conquistas e de nenhum direito a menos”, frisa.
Próxima reunião da Direção
A Direção da CNTTL agendou nova reunião na primeira
quinzena de abril para definir ações unificadas na Campanha
Salarial dos trabalhadores em transportes, bem como o enfrentamento
às reformas da previdência e trabalhista, previstas para entrarem
em votação no Congresso neste primeiro semestre, e a
realização do Curso de Formação em Negociação Coletiva para
Mulheres e do Seminário de Comunicação.
Foto: Agência Mídia Consulte
Primeira Reunião da CNTTL/CUT - 08 de Fevereiro de 2017 em Brasília
Primeira Reunião da CNTTL/CUT - 08 de Fevereiro de 2017 em Brasília
Primeira Reunião da CNTTL/CUT - 08 de Fevereiro de 2017 em Brasília
Primeira Reunião da CNTTL/CUT - 08 de Fevereiro de 2017 em Brasília
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Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL:José Carlos da Fonseca - Gibran
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