divulgação
“O Valente não é Violento” é um projeto de iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), coordenada pela ONU Mulheres com objetivo estimular a mudança de atitudes e comportamentos machistas, enfatizando a responsabilidade que os homens devem assumir na eliminação da violência contra as mulheres e meninas. No Brasil, quatro estados começam a implantar a iniciativa da ONU "Escola sem Machismo", são eles: Distrito Federal, Bahia, Espírito Santo e Paraíba.
“Divida, inicialmente, o quadro em três colunas e, em plenária,
pergunte às/aos participantes o que vem imediatamente à cabeça
quando escutam a palavra sexo. Escreva a palavra sexo na primeira
coluna do quadro e, conforme forem falando, anote as respostas
fazendo uma lista. Na sequência, solicite que façam o mesmo com as
palavras: sexualidade e gênero. Uma de cada vez. Ao final, leia
todas as definições que surgiram para cada uma das palavras
propostas e peça que façam comentários sobre as respostas que
surgiram”. Assim começa a Aula 1 do Plano de
Aula da iniciativa O Valente não é
Violento.
O projeto surgiu a partir da observação de um contexto escolar que,
muitas vezes, reprimia os educadores que incitavam discussões sobre
sexualidade e gênero. Financiado pela União Europeia e conduzido
através de uma parceria com a iniciativa “Escola sem Machismo” da
ONU Mulheres, o plano de aulas é uma das medidas da organização
para minimizar a violência contra mulheres através da educação. A
proposta, é desenvolver o tema em sala de aula de maneira
transversal, ou seja, atravessando e desconstruindo um imaginário
já estabelecido.
A versão inicial do currículo foi distribuída gratuitamente,
através de plataformas sociais. De maneira espontânea, mais de 30
professores da rede pública de todo país retornaram com feedbacks
positivos e incentivando o projeto a se expandir. Em pouco tempo, a
iniciativa já contava com a adesão de quatro estados brasileiros:
Distrito Federal, Bahia, Espírito Santo e Paraíba.
Desses, o Espírito Santo está em fase mais avançada. O Estado já
teria apresentado a proposta à Secretaria de Direitos Humos e
ganhado aprovação para capacitar profissionais que irão conduzir as
aulas na rede pública. Com apoio técnico da ONU Mulheres, 50
escolas iniciarão o ano letivo de 2017 com o plano dentro do
currículo básico. A ideia é ampliar para todo o Estado até o início
do próximo ano.
O currículo foi elaborado em pouco mais de um ano, levando em conta
estudos e pesquisas realizadas pela ONU para compreender a
violência contra as mulheres como um todo – na visão do agressor e
da vítima.
Além disso, levantamentos foram realizados considerando a
legislação brasileira e outras medidas de sucesso que já estavam
sendo aplicadas em escolas pelo Brasil. Com base nisso, o psicólogo
Marcos Nascimento – pesquisador na área de Saúde Pública, foi
convidado a elaborar seis aulas que contemplam desde estereótipos
sobre gênero, raça/etnia e a mídia, até a definição de
vulnerabilidade e poder.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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