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A deterioração do mercado de trabalho no Brasil de Michel Temer é ainda mais profunda do que sua administração deixa transparecer.
Um estudo comparativo mostra que o Brasil está entre os recordistas globais do chamado desemprego ampliado, que leva em consideração —ao contrário do índice tradicional, medido pelo IBGE—, não apenas aqueles que estão procurando emprego e não acham, mas também as pessoas que fazem bicos por falta de opção, trabalham menos do que poderiam ou simplesmente desistiram de procurar trabalho. O índice é considerado muito mais completo. De acordo com os dados mais recentes, do terceiro semestre de 2016, a taxa de desemprego ampliada no Brasil chegou a 21,2%, quase o dobro do desemprego oficial. Por esse critério. 23 milhões de brasileiros estariam desempregados ou subutilizados.
O levantamento, feito pelo banco Credit Suisse, mostra que numa comparação internacional, a taxa de desemprego ampliado do Brasil está bem acima da média dos países analisados, que é de 16,2%.
“Também fica acima de países com renda compatível com a do Brasil, como México (18,3%) e Turquia (15,9%). O Brasil está atrás apenas de países profundamente afetados pela crise internacional: Grécia (o recordista, com 31,2%, de desemprego ampliado), Espanha (29,75%), Itália (24,6%), Croácia (24,6%) e Chipre (23,8%)."
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