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Após longos debates, em que a oposição pressionou por um acordo, foram retirados do projeto de lei da renegociação da dívida dos estados com o governo federal todos os itens que eram prejudiciais aos servidores dos estados e a Câmara começou a votar, no final da tarde desta terça-feira (20), a matéria.
A ausência do líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE),
foi criticada pelos parlamentares e principalmente o relator da
matéria, deputado Esperidião Amim (PP-SC). Moura não esteve no
Plenário durante a discussão da matéria de interesse do
governo.
O projeto já havia sido aprovado pelos deputados, mas foi alterado
pelos senadores, que estabeleceram contrapartidas mais rígidas para
renegociação das dívidas dos estados em calamidade financeira: Rio
de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. As contrapartidas
eram programa de privatização; elevação da contribuição
previdenciária dos servidores ativos e inativos para, no mínimo,
14%; redução de incentivos fiscais e adoção de novas regras
previdenciárias.
O relator da proposta apresentou um novo relatório na sessão
retirando as exigências do governo ilegítimo de Michel Temer de
condicionar a renegociação da dívida dos estados com a União à
aceitação do compromisso da adoção de medidas de demissão e arrocho
salarial contra servidores e de privatização de empresas
públicas.
O texto do projeto prevê o alongamento da dívida por 20 anos e a
suspensão do pagamento das parcelas até o fim deste ano, com
retomada gradual a partir de 2017.
Em contrapartida, a equipe econômica do governo ilegítimo de
Temer conseguiu incluir no texto a exigência de um teto para os
gastos públicos, nos moldes da PEC 55.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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