reunião na presidência no Senado
Lideranças de aproximadamente 40 centrais sindicais e membros do
Ministério Público do Trabalho (MPT) conseguiram uma expressiva
vitória no que se refere às discussões da tramitação do projeto de
terceirização. A CNTTL foi representada pelo dirigente, Jose Carlos
da Fonseca, Gibran, dos rodoviários do DF
Os senadores Paulo Paim (PT-RS), Jorge Viana (PT-AC) e Renan
Calheiros (PMDB-AL) concordaram em adiar a análise do Projeto de
Lei da Câmara (PLC 30/2015) devido ao conturbado momento político
do País.
No encontro, o senador Paulo Paim – relator da matéria – se
comprometeu a apresentar o texto de seu relatório aos colegas
senadores, possivelmente em reunião de líderes - ainda sem data
marcada, para que os parlamentares tenham conhecimento do texto que
foi discutido por ele com os trabalhadores, por mais de um ano, em
todos os estados do País e no Distrito Federal.
“Nesta reunião acertamos que o projeto da terceirização, maior
preocupação das entidades trabalhistas, continuará em debate. O
presidente Renan Calheiros e o senador Jorge Viana também
ponderaram sobre o momento delicado vivido pelo País. Queiramos ou
não, nos últimos oito meses foram afastados o presidente da Câmara,
do Senado e a presidenta da República. Em poucos países do mundo se
viu tanta crise em tão pouco tempo. Eles também entenderam que o
momento é delicado”, explicou Paim.
Para o senador Paim, a realização de mais esse encontro entre as
centrais e o presidente e vice do Senado Federal demonstram o
apreço que a Casa tem pelas pautas dos trabalhadores. “A
terceirização não será votada de forma atropelada. Faremos
reuniões, tantas quantas forem necessárias, antes de votar o tema”,
disse.
Renan Calheiros também afirmou que, ao contrário da Câmara dos
Deputados, o relatório do senador Paim não será votado de
afogadilho. “Precisamos de um texto para regularizar a
terceirização existente e deixarmos de lado a votação apressada da
Câmara e que libera geral a terceirização dos setores público e
privado. Precisamos de um encaminhamento racional nesse momento
delicado”, disse.
Graça Costa, secretária de relações do trabalho da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), ressaltou que, pela primeira vez na
história do País, um projeto foi discutido em todas as unidades da
federação. “Discutimos com todas as centrais sindicais e pudemos
mostrar para o senador Paulo Paim a visão dos trabalhadores. Não
queremos a precarização que a terceirização traz. Queremos
igualdade de direitos. A estratégia é arquivar o PLC 30 e aprovar
um substitutivo que garanta o devido respeito aos trabalhadores do
País”, resumiu.
Ao final da reunião, o senador Jorge Viana disse que o país nunca
precisou tanto das organizações da sociedade civil organizada e
afirmou que são fundamentais as manifestações de pensamento
contrárias à pauta de projetos contrários aos trabalhadores.
“Devemos ter muita responsabilidade com esse tema para que não
sejamos responsáveis por ampliar ainda mais a crise que vivemos.
Precisamos garantir os direitos dos trabalhadores. No Senado
podemos trabalhar com mais equilíbrio esse tema, sem nenhum
açodamento”, apontou.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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