foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Em artigo, sociólogo e cientista político, Emir
Sader, fala que nunca houve tantas suspeitas sem comprovação,
convicções sem provas, campanhas diárias de tentativas de redução
do maior líder da história política do país e do partido popular
mais importante da historia do Brasil a episódios de crônica
policial. Confira abaixo o texto de Sader:
"Servem para desviar a atenção dos maiores crimes que se cometem contra o Brasil, contra o patrimônio publico, contra as políticas sociais, contra os direitos dos trabalhadores, contra a soberania do Brasil como pais. Enquanto se liquida a Petrobras, fatia a fatia, para os grandes grupos internacionais da energia, enquanto se compromete o futuro do país, legislando de maneira cruel contra as políticas e os direitos sociais dos brasileiros, enquanto se tenta revogar os direitos históricos dos trabalhadores, enquanto se tenta conter a inflação excluindo o mercado pelo desemprego a milhões de trabalhadores – se realiza uma operação de manipulação e desvio da atenção da população, para acusações tão reiteradas quanto sem provas contra o Lula.
Acusações em provas
Enquanto se destrói o país, se tenta destruir a imagem pública do
maior líder político do país. Ambos estão associados
indissoluvelmente. O tipo de país que se quer destruir está ligado
indissoluvelmente a quem comandou sua construção como país menos
injusto, mais democrático, soberano. Conforme acusam o Lula sem
provas, reiteradamente, e ele se reúne com o povo nas ruas, eles se
dão contra que o povo conhece o Lula, confia nele, reconhece nele o
responsável político pelo país melhor que todos viveram. Então
podem apelar, uma vez mais, para a prisão, arbitrária, como na vez
anterior.
Naquela sexta feira de fevereiro deste ano Lula amanheceu como
preso político e terminou o dia com 10 minutos no Jornal Nacional.
Deu errado a operação midiática do juiz fascista e fantoche dos
EUA. Se arriscarão de novo? Deixar o Lula livre é deixá-lo com o
poder da palavra, do contato direto com o povo. Prendê-lo traz o
risco das reações populares, além de que em algum momento ele sai,
ainda maior do que entrou.
Lula deve falar ao povo, ao país, ao mundo, dizendo de que não se
trata de acusações sem fundamento, apenas, de reiteradas campanhas
de difamação, mas do desmonte do país. E desmontar o país
significa, ao mesmo tempo, tentar acusar, condenar, prender, quem
representa esse país. As acusações fazem parte dessa operação.
Destruir o país e deixar livre quem, aos olhos do povo, é a própria
imagem desse país, seria permitir que essa denúncia seja veiculada
pela voz mais qualificada para fazê-lo.
Disso se trata: se está desmontando o país e se requer destruir a
imagem de quem representa, melhor que qualquer outro, a esse
país".
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