Paulinho foto: Roberto Parizotti
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e
Logística da CUT (CNTTL) realiza reunião nesta terça-feira (18), às
10h para debater a organização de uma greve nacional contra a
retirada de direitos, em curso no governo ilegítimo e golpista de
Michel Temer (PMDB).
O encontro acontecerá na sede do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São
Paulo. "A mobilização imediata é o único caminho para barrar
essa devassa contra os nossos direitos. Sabemos que não será uma
tarefa fácil, mas os trabalhadores não têm nenhuma garantia de
emprego, por isso, temos que politizá-los de que essa paralisação
nacional no dia 11 de novembro é para garantir direitos e os postos
de trabalho”, explica Paulo João Estausia, presidente da
CNTTL/CUT.
Essa reunião é um encaminhamento da Plenária Nacional que aconteceu no dia (7) com dirigentes do ramo dos transportes das maiores centrais sindicais do Brasil, CUT, Força Sindical, da CTB (Central de Trabalhadores do Brasil) e da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores).
Durante a Plenária Nacional, o diretor do Dieese, Clemente Ganz, fez uma análise preocupante da conjuntura brasileira e alertou que a política neoliberal de direita não está só atingindo a América Latina, mas também a Europa, e por isso só com a unidade das centrais para enfrentar o que vem pela frente.
“Estamos mergulhados em uma crise econômica que é uma das maiores da história do Brasil. Não é pouca coisa, o alto nível de desemprego no país é agravante. São 12 milhões de postos de trabalhos fechados e somando esse cenário às políticas neoliberais de retirada de direitos do governo Temer a situação se agrava. Estão sendo destruídos em 1 ano o total de empregos gerados em 10 anos e esse quadro se estenderá até meados de 2017”, frisa.
Clemente alerta que o governo Temer com a ajuda do Congresso Nacional, cuja maioria dos parlamentares é conservadora e empresarial, aplica uma agenda neoliberal que prejudicará os investimentos em políticas públicas, com redução drástica de verbas na saúde e educação (PEC 241 que foi aprovada pela Câmara); com a transferência de patrimônio público para empresas estrangeiras (Câmara aprovou a exploração do Pré-Sal por multinacionais) e com as reformas trabalhista e previdenciária que, além de aumentar a idade para se aposentar, retiram direitos históricos. “Nossa agenda não é essa. Ou fazemos uma intervenção forte ou eles vão avançar nas propostas de retirada de direitos. Sabemos que o ambiente econômico é extremamente adverso, por isso, tá na hora da gente de mexer e resistir”, relata.
O Secretário Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, concorda e reforça que o ramo dos transportes é decisivo e tem um peso extraordinário no processo de mobilização nacional.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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