Paulinho foto: Roberto Parizotti
Dirigentes do ramo dos transportes das maiores centrais sindicais do Brasil, CUT, Força Sindical, da CTB (Central de Trabalhadores do Brasil) e da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), realizaram no dia (7) Plenária Nacional para debater a organização de uma greve nacional contra a retirada de direitos, em curso no governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (PMDB).
O encontro aconteceu na sede do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em São Paulo, e o
ramo dos transportes cutista foi representado pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT
(CNTTL) e pelos sindicatos filiados dos rodoviários de Sorocaba,
Distrito Federal, Salvador, Cascavel (PR), condutores de
Guarulhos, do Vale do Paraíba e Uberlândia (MG); dos portuários do
Espírito Santo e Porto Alegre; da aviação (aeroviários de Porto
Alegre e Guarulhos); dos metroviários de São Paulo, Belo Horizonte;
dos Ferroviários de Bauru e dos agentes de trânsito de São
Paulo.
Durante a Plenária Nacional, o diretor do Dieese, Clemente Ganz, fez uma análise preocupante da conjuntura brasileira e alertou que a política neoliberal de direita não está só atingindo a América Latina, mas também a Europa, e por isso só com a unidade das centrais para enfrentar o que vem pela frente.
“Estamos mergulhados em uma crise econômica que é uma das maiores da história do Brasil. Não é pouca coisa, o alto nível de desemprego no país é agravante. São 12 milhões de postos de trabalhos fechados e somando esse cenário às políticas neoliberais de retirada de direitos do governo Temer a situação se agrava. Estão sendo destruídos em 1 ano o total de empregos gerados em 10 anos e esse quadro se estenderá até meados de 2017”, frisa.
Clemente alerta que o governo Temer com a ajuda do Congresso Nacional, cuja maioria dos parlamentares é conservadora e empresarial, aplica uma agenda neoliberal que prejudicará os investimentos em políticas públicas, com redução drástica de verbas na saúde e educação (PEC 241 que foi aprovada pela Câmara); com a transferência de patrimônio público para empresas estrangeiras (Câmara aprovou a exploração do Pré-Sal por multinacionais) e com as reformas trabalhista e previdenciária que, além de aumentar a idade para se aposentar, retiram direitos históricos. “Nossa agenda não é essa. Ou fazemos uma intervenção forte ou eles vão avançar nas propostas de retirada de direitos. Sabemos que o ambiente econômico é extremamente adverso, por isso, tá na hora da gente de mexer e resistir”, relata.
O Secretário Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, concorda e reforça que o ramo dos transportes é decisivo e tem um peso extraordinário no processo de mobilização nacional. “Fizemos uma grande manifestação contra o desmonte de Estado, com a participação do funcionalismo, no dia 5 de outubro, e agora nossa parte é organizar essa greve nacional. Temos que mudar essa agenda neoliberal antes do final do ano”, ressalta.
Reunião
O presidente da CNTTL/CUT, Paulo João Estausia, mais conhecido como
Paulinho, disse que o ramo dos transportes cutista vai participar
da mobilização nacional da CUT e das centrais sindicais.
“Faremos uma Plenária do nosso ramo, provalvelmente, no dia 18 de outubro, em São Paulo. A mobilização imediata é o único caminho para barrar essa devassa contra os nossos direitos. Sabemos que não será uma tarefa fácil, mas os trabalhadores não têm nenhuma garantia de emprego, por isso, temos que politizá-los de que essa paralisação nacional futura é para garantir direitos e os postos de trabalho”, explica.
Perguntado sobre a opinião do movimento “Diretas Já”, que pede
eleições presidenciais antecipadas, Paulinho apoia a iniciativa.
“Defendo a democracia e o direito do povo escolher os seus
representantes pelo voto direto. Sofremos um golpe de Estado no
Brasil, que foi apoiado por grande parte do Congresso Nacional e da
mídia golpista, que tirou uma presidenta que foi eleita de forma
legítima por 54 milhões de brasileiros. Precisamos dar oportunidade
a uma nova candidatura, se quisermos reequilibrar o nosso país”,
finaliza.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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