“Temer que formar trabalhador que não pense”, aponta presidente da CNTE

Proposta do governo ilegítimo quer sucatear o ensino básico

Por: CUT edição Redação CNTTL
Publicação: 28/09/2016
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divulgação

Para retribuir os apoiadores do golpe, o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) anunciou no último dia 22 de setembro mais um item do saco de maldades: a reforma do ensino médio, que não foi discutida com a sociedade e após repercussão negativa foi suspensa.

Para os educadores, o fato é que a medida não passa de pirotecnia, conforme destacou o presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, em reunião que a Direção Executiva da CUT promoveu na segunda-feira (26) em São Paulo.

O projeto de Temer apresentado via Medida Provisória, apontava que Artes, Educação Física seriam obrigatórias somente do ensino infantil ao fundamental. Da mesma forma, Sociologia e Filosofia. Na grade atual há 13 disciplinas obrigatórias no ensino médio.

Sucateio do ensino

Em entrevista ao Portal da CUT, Leão apontou que, numa tacada só, a reforma sucateia o ensino técnico e ainda impede que o aluno tenha uma formação crítica e qualificada em disciplinas que incentivam a reflexão. “ A proposta tem vício de origem, que é o autoritarismo. É feita por medida provisória, sem nenhum debate com a sociedade e é resultado da cabeça de alguns iluminados do MEC (Ministério da Educação). Tem como objetivo original ser reducionista e empobrecer o currículo das escolas públicas, onde estudam os filhos da classe trabalhadora”, explica.

Leão aponta também que há a suposta  abertura de oportunidade para a profissionalização em cursos rasos atenderá apenas uma demanda imediata do mercado de trabalho. “Além disso, proposta desqualifica a profissão de professor porque abre espaço para a contratação de professores pelo ‘notório saber’. Somos contra isso porque entendemos que para ser professor é preciso passar por um processo de qualificação exclusiva para isso. A educação não pode ser tratada como uma muleta de algum profissional, educação pública merece respeito”, reforça.

Empobrecimento no ensino

O dirigente explica que esse modelo faz parte de uma ideia que surgiu no governo de Fernando Henrique Cardoso, pelas mãos do ministro Paulo Renato. “Não somos contra o ensino profissional, mas deve contemplar a educação nas suas diversas dimensões. Não podemos querer ter um aluno que saiba um pouco de alguma profissão, sem ter noção do mundo em que vive. Isso para nós é empobrecimento, fazer com que escola para pobre tenha currículo medíocre e a de quem pode pagar aborde aspectos físicos e de criatividade. Ensino médio é parte da educação básica e deve oferecer oportunidade ao aluno para que conheça os diversos caminhos que pode seguir na vida, inclusive profissional”, salienta






 



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