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Em ato com petroleiros e metalúrgicos da industria naval na quinta (25), em frente ao Estaleiro Mauá, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que "Se mexerem nas conquistas e direitos do trabalhador, sai o Lulinha paz e amor e volta o Lula para defender os interesses do povo brasileiro.".
O ex-presidente disse também estar disposto a participar de qualquer mobilização para denunciar as ameaças a direitos conduzidas pelo governo interino de Michel Temer.
Lula destacou o acesso de grande parte da população antes excluída ao mercado de consumo e também às políticas públicas de inclusão, em especial a educação, por meio de programas como ProUni, Pronatec, Fies e de cotas.
Sobre o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente afirmou que começa hoje a "semana da vergonha nacional", quando o Senado dá início a fase final do julgamento do processo de impeachment. "Os senadores que vão votar para ela ser afastada, não estão cassando a Dilma, estão cassando o voto que vocês deram. Dilma não cometeu nenhum ato de ilegalidade. Descobriram um jeito de chegar ao poder sem disputar o voto popular", disse.
Lula lembrou que, em Niterói, Dilma foi vitoriosa em 2014, bem como em todo o estado do Rio de Janeiro, e citou o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) como exemplo de deslealdade, lembrando que a reeleição de Crivella contou com o seu apoio e do PT.
O ex-presidente voltou a defender investigações de casos de corrupção na Petrobras, mas disse não poder aceitar que os trabalhadores da indústria naval paguem com seus empregos o preço da paralisia causada no setor em decorrência das ações da Operação Lava Jato.
"Não queriam e não querem que o Brasil seja protagonista. O que está em jogo é a tentativa de desmontar o direito desse país de ser grande e o direito da Petrobras de ser a empresa mais importante do setor. Caindo a Petrobras, caem milhares de pequenas, médias e grandes indústrias", acrescentou.
Citando números levantados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Lula destacou a crise do emprego no setor petrolífero e na indústria naval, com o fechamento de diversos estaleiros no estado do Rio de Janeiro.
Entre janeiro de 2015, abril de 2016, foram fechados mais de 335 mil posto em toda a indústria de óleo e gás. Já a indústria naval perdeu quase a metade das vagas. Em 2014, chegou a empregar 82 mil trabalhadores e, agora, conta com cerca de 43 mil.
O ex-presidente defendeu o regime de partilha para o Pré-Sal, bem como a política de conteúdo nacional desenvolvida pela Petrobras, que garantiu a preferência da produção brasileira na aquisição de sondas e embarcações, permitindo o ressurgimento da indústria naval no Brasil.
"Essa gente que governou antes, e quer governar agora, como não sabe governar, começa vendendo o patrimônio público. De repente, esse país de vai abrir mão da sua soberania para ficar mendigando favor. Está prevalecendo o complexo de vira-lata nos que querem dirigir o pais", afirmou, em alusão ao projeto de José Serra que pretende retirar a exclusividade de 30% da Petrobras na exploração do pré-sal, abrindo espaço para as petrolíferas estrangeiras.
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