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Durante entrevista concedida ao jornalista Roberto D’Ávila, o presidente interino Michel Temer afirmou ter restringido as viagens de Dilma Rousseff com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) porque a petista usaria o benefício “para fazer campanha denunciando o golpe”. E, por meio do ato falho, acabou deixando escapar aquilo que negou até hoje: que o impeachment se trata, na verdade, de um golpe contra a presidenta afastada.
O golpista declarou ainda que questões mais duras, que ainda não teve tempo de analisar, como reformas na Previdência e aumento nos impostos, só devem ser revisitadas após a segunda votação no Senado, quando a Casa decide se Dilma deve ou não voltar ao exercício de suas funções.
Sobre as acusações de Sérgio Machado – que apontam que Temer teria pedido doações provenientes de propina para a campanha de Gabriel Chalita -, ele afirmou que não irá processar o ex-presidente da Transpetro. “O que ele mais deseja é isso. […] Ele quer polarizar com o presidente da República. Eu não vou dar esse valor a ele. Eu não falo para baixo”, argumentou.
Quanto a Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos Deputados, Temer disse ver um “batalhador no campo político e no campo jurídico”, reforçando que Cunha se defende como pode das acusações que pesam contra ele.
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