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Empossado na quinta-feira (12), o ministério de Temer é composto por 23 nomes, sendo sete, investigados pela Justiça ou em tribunais de conta ou já foram condenados.
A lista é encabeçada pelo próprio
Temer que assume o cargo com a ficha-suja no Tribunal Eleitoral
Regional (TRE) de São Paulo. Ele foi condenado por conta de doações
ilegais que somam R$ 100 mil, feitas a candidatos a deputado
federal pelo PMDB do Rio Grande do Sul.
Além disso, Temer está entre os citados por suspeita de ligações
ilícitas em pelo menos quatro investigações baseadas em delações
premiadas da Operação Lava Jato.
Junto com o usurpador outros sete nomes, dos 21 ministros que
integraram o gabinete dos sem voto, estão entre os citados ou
investigados na Operação Lava Jato.
Os escolhidos
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que
assume a Secretaria de Governo, é um dos alvos da
Procuradoria-Geral da República por suspeita de ter negociado
propina com a empreiteira OAS.
Romero Jucá, também do PMDB, está envolvido nas investigações da
Lava Jato e da Operação Zelotes. Uma das investigações trata de
suposta propina em contrato da usina Angra 3.
Outro nome do PMDB é Henrique Eduardo Alves, que volta à pasta do
Turismo que ocupou até o rompimento da legenda com o governo Dilma.
Seu apartamento chegou a ser alvo de ação da Polícia Federal que
realizou busca e apreensão para apurar fatos da Lava Jato.
Vale lembrar que ao assumir os ministérios, Henrique Alves e Geddel
Vieira Lima passam a ter o chamado “foro privilegiado” e só podem
ser investigados perante Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar disso, a oposição tucana não entrou com ação no STF para
tentar impedir a nomeação, como fizeram com o ex-presidente Lula.
Aliás, o PSDB reafirma o caráter golpista do impeachment ao compor
o gabinete ministerial de Temer com três nomes. Um deles é o
senador José Serra (PSDB-SP), que assume o Ministério das Relações
Exteriores. Além das investigações do trensalão de São Paulo, que
andam a passos lentos, Serra também é alvo de investigação do
Supremo por improbidade administrativa e crime de responsabilidade
quando era prefeito de São Paulo.
Outro investigado na mesma ação do STF é Gilberto Kassab (PSD-SP),
que saiu do Ministério das Cidades, no governo Dilma, para assumir
a pasta da Ciência, Tecnologia e Comunicações.
O também tucano Bruno Araújo vai ocupar o Ministério das Cidades.
Ele foi citado em uma lista de doações feitas pela empreiteira
Odebrecht, apreendida em uma das fases da Lava Jato. O aliado de
Aécio Neves teria recebido R$ 300 mil da empreiteira para a sua
campanha de 2010.
Na mesma situação está Ricardo Barros (PP), que assume o Ministério
da Saúde. Ele aparece na lista do esquema da Odebrecht.
Alexandre de Moraes, que até então ocupava a Secretária de
Segurança Pública do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), vai
ocupar o Ministério da Justiça. Conhecido pela atuação desastrosa
de insegurança pública, Moraes foi advogado de Eduardo Cunha e
atuou em 123 ações da Transcooper, uma das apontadas em formação de
quadrilha e lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital
(PCC).
Mas não é só isso. Eliseu Padilha (PMDB) que ocupará a Casa Civil,
foi réu no escândalo dos Precatórios, acusado de prejuízo aos
cofres públicos, por acordo celebrado entre o extinto DNER
(Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) e a empresa 3
Irmãos.
Como afirmou a presidenta Dilma, trata-se de um governo que não tem
legitimidade e que será “a grande razão para a continuidade da
crise política em nosso país”.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
Redação CNTTL
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