Dilma sobre o golpe: "A injustiça vai continuar sendo visível"

As forças políticas que tentam tirar a presidenta do poder “em uma eleição indireta” vão reduzir os programas sociais

Por: Com Portal Brasil
Publicação: 04/05/2016
Imagem de Dilma sobre o golpe:

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff reafirmou em discurso na terça-feira (3) que não irá renunciar ao seu mandato, para assim deixar claro a injustiça que sofre por causa do processo de impeachment no Congresso Nacional. Dilma fez a afirmação no lançamento do Plano Safra para Agricultura Familiar, que oferecerá linha de crédito de R$ 30 bilhões aos pequenos agricultores.

“Muitas vezes eles pediram que eu renunciasse, porque […] se esconde para debaixo do tapete esse impeachment sem base legal, esse golpe. É extremamente confortável que a vítima desapareça, que a injustiça não seja visível. Pois eu quero dizer uma coisa, a injustiça vai continuar visível, bem visível“, afirmou.

Segundo Dilma, as forças políticas que tentam tirá-la do poder “em uma eleição indireta” vão reduzir os programas sociais como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família.

A presidenta explicou dois dos seis decretos em que está sendo acusada de pedaladas fiscais, para mostrar a incoerência do processo. O primeiro foi a suplementação do Tribunal Superior Eleitoral, que teve uma sobra de caixa por conta do alto número de inscritos e pediu a verba de volta para fazer outro concurso. O segundo foi para os hospitais federais do Ministério da Educação, que estavam em crise e precisavam do recurso.

“Por isso, eles [os deputados] votaram por tudo, menos pelos decretos. Não podem afirmar que estão votando contra o dinheirinho para os hospitais“, criticou.

A presidenta disse que a democracia no Brasil está sendo assaltada e que sua eleição foi para construir políticas públicas com projetos sociais, em contraste com o programa que tentam emplacar com a sua retirada do poder.

“Fui eleita para construir o resto do Minha Casa,Casa Minha Vida, que recebemos do presidente Lula. Foram 5,75 milhões de casas. Se multiplicar por 4,5 pessoas [média de integrantes de uma família], dá 25 milhões de pessoas. Em cada oito brasileiros, um recebe uma casa do Minha Casa Minha Vida. É assim que num País deste tamanho se combate a desigualdade.

 



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