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A presidenta Dilma Rousseff assinou na segunda-feira (22), em São Paulo, um contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. De acordo com o Ministério da Saúde, a ação prevê investimentos iniciais de R$ 100 milhões para o desenvolvimento do estudo nos próximos dois anos.
A soma total de recursos envolvidos no contrato pode chegar a até R$ 300 milhões, com a participação também do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (R$ 100 milhões), por meio de um contrato da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com mais R$ 100 milhões.
Testes clínicos
Esse investimento inicial do Ministério da Saúde financiará a terceira e última fase de testes clínicos da vacina em voluntários, que teve início hoje. Neste primeiro dia, dez pessoas foram vacinadas contra a dengue. Esta última etapa da pesquisa servirá para comprovar a eficácia da vacina.
Para isso, dois em cada três voluntários irão receber a vacina, enquanto o restante receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem o vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem os participantes saberão se receberam vacina ou placebo. O objetivo é descobrir se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou placebo adquiriu a doença.
Recrutamento
Em São Paulo, os estudos da vacina começam com 1,2 mil voluntários que foram recrutados pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), maior complexo hospitalar da América Latina. O hospital será um dos 14 centros credenciados pelo Butantan para os testes, que devem envolver 17 mil participantes de 13 cidades do país. O teste clínico deve durar um ano, e a expectativa do instituto é que a vacina esteja disponível no país a partir de 2018.
A vacina contra a dengue tem potencial para proteger contra os quatro vírus da doença com uma única dose. A vacina é produzida com vírus vivos, mas geneticamente enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica é maior, mas a forma é atenuada, não há potencial para provocar a doença.
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