“Em 2041, esperamos ter um Sindviários ainda mais forte, profissional e estruturado”, diz Coletti

Diretor da CNTTL e do Sindicato conta a trajetória de 25 anos lutas e conquistas da entidade, que serão completados em julho

Por: Viviane Barbosa, da Redação CNTTL
Publicação: 12/02/2016
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arte comemorativa do Sindviários/CUT

Com a finalidade de celebrar os 25 anos do Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Viário e Urbano do Estado de São Paulo (Sindviários/CUT), que serão completados em 20 de julho, a direção da entidade promoverá a partir de março uma agenda de debates e eventos.

Fundado em 1991, o Sindviários nasceu dentro da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET/SP), quando os trabalhadores e trabalhadoras sentiram a necessidade de um Sindicato com identidade própria, que realmente defendesse com qualidade o ramo de trânsito. 

O Sindviários foi fundado para fazer o enfrentamento ao "Sindicatão" -- que existe até hoje – e nunca representou os interesses da categoria.

O Portal CNTTL/CUT conversou com o Secretário Nacional de Formação da Confederação e diretor do Sindviários, Alfredo Coletti Bocci, sobre a rica história dos 25 anos de história, lutas e conquistas trabalhadores do sistema viário de São Paulo, mais conhecidos como marronzinhos. Leia a seguir os principais trechos.


Alfredo Coletti Bocci - diretor da CNTTL/CUT - Foto: Marco Vinício



Portal CNTTL/CUT:  Como foi a fundação do Sindviários?
Alfredo Coletti:  Tudo começou dentro da CET, que na época tínhamos  o Conselho de Representantes dos Empregados, conhecido como Conselhinho, que funcionava com uma Organização no Local de Trabalho (OLT). Efetivamente, era o Conselhinho que negociava todo o Acordo Coletivo com a Direção da CET, levando depois ao "Sindicatão", que somente assinava. Cansados desta situação, que, muitas vezes, causava problemas, demora e indefinições, parte dos representantes  do Conselhinho começou a estruturar a fundação do Sindviários.

CNTTL/CUT:  Quem vocês representam no Estado de São Paulo?
Coletti: Grande parte dos primeiros sócios do Sindviários era agentes  de Zona Azul, mas com o passar do tempo, todos os trabalhadores Operacionais e Administrativos se juntaram fundando assim o Sindicato, que em sua origem tinha base municipal. A  CET foi a empresa pioneira de trânsito no Brasil, mas bastou poucos anos de fundação do Sindicato para começar a surgir outras empresas de trânsito como a EMDEC-Campinas e CET-Santos, então alteramos nossa base territorial para todo o Estado de São Paulo.

Hoje, representamos mais de 10 mil trabalhadores na base, 4.300 só na CET. Outras empresas públicas e dezenas de empresas privadas já fecham Acordos Coletivos com a gente. Hoje em números atualizados representamos quatro empresas públicas e 58 empresas privadas.

CNTTL/CUT:  Qual é o perfil dos trabalhadores e trabalhadoras na base?
Coletti: Apesar de não termos uma pesquisa detalhada, somos 60% de homens e 40% de mulheres. Outra conquista relevante é que conquistamos para os casais homossexuais o direito a todos dos benéficos do nosso Acordo Coletivo de Trabalho, desde que eles/elas tenham documentos de união estável.


CNTTL/CUT:  Nesses 25 anos, quais foram as principais conquistas para os trabalhadores do trânsito?
Coletti: Hoje temos uns dos melhores Acordos Coletivos do Brasil, inclusive ganhamos o prêmio Quality por se destacar no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Conquistamos cláusulas sociais nos Acordos Coletivos relevantes, como a Indenização Peculiar, traduzindo, o trabalhador tem direito em sua rescisão por dispensa sem justa causa a mais um salário a cada três anos trabalhados na empresa.
Outras grandes conquistas são o Plano de Carreira e o Programa de Participação nos Resultados que têm motivado os trabalhadores a permanecer e desenvolver seu trabalho.


CNTTL/CUT:  Como você espera ver o Sindviários em 2041, quando completará 50 anos?
Coletti: Queremos avançar mais, manter o que já foi conquistado e alcançar mais empresas públicas e privadas que ainda não têm efetivamente nossa representação. Também lutaremos para garantir melhores condições de trabalho e segurança. A redução da jornada de trabalho sem redução no salário, bandeira cutista, é outra meta nossa. Em 2041, esperamos ter um Sindviários ainda mais forte, profissional, estruturado e com maior capacidade técnica para desenvolver ações em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.



Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran

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