arte comemorativa do Sindviários/CUT
Com a finalidade de celebrar os 25 anos do Sindicato dos Trabalhadores no Sistema Viário e Urbano do Estado de São Paulo (Sindviários/CUT), que serão completados em 20 de julho, a direção da entidade promoverá a partir de março uma agenda de debates e eventos.
Fundado em 1991, o Sindviários nasceu dentro da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET/SP), quando os trabalhadores e trabalhadoras sentiram a necessidade de um Sindicato com identidade própria, que realmente defendesse com qualidade o ramo de trânsito.
O Sindviários foi fundado para fazer o enfrentamento ao "Sindicatão" -- que existe até hoje – e nunca representou os interesses da categoria.
O
Portal CNTTL/CUT conversou com o Secretário
Nacional de Formação da Confederação e diretor do Sindviários,
Alfredo Coletti Bocci, sobre a rica história dos 25 anos de
história, lutas e conquistas trabalhadores do sistema viário de São
Paulo, mais conhecidos como marronzinhos. Leia a seguir os
principais trechos.
Alfredo Coletti Bocci
- diretor da CNTTL/CUT - Foto: Marco Vinício
Portal CNTTL/CUT: Como
foi a fundação do Sindviários?
Alfredo Coletti: Tudo começou dentro da CET,
que na época tínhamos o Conselho de Representantes dos
Empregados, conhecido como Conselhinho, que funcionava com uma
Organização no Local de Trabalho (OLT). Efetivamente, era o
Conselhinho que negociava todo o Acordo Coletivo com a Direção da
CET, levando depois ao "Sindicatão", que somente assinava. Cansados
desta situação, que, muitas vezes, causava problemas, demora e
indefinições, parte dos representantes do Conselhinho começou
a estruturar a fundação do Sindviários.
CNTTL/CUT: Quem vocês
representam no Estado de São Paulo?
Coletti: Grande parte dos primeiros sócios do
Sindviários era agentes de Zona Azul, mas com o passar do
tempo, todos os trabalhadores Operacionais e Administrativos se
juntaram fundando assim o Sindicato, que em sua origem tinha base
municipal. A CET foi a empresa pioneira de trânsito no
Brasil, mas bastou poucos anos de fundação do Sindicato para
começar a surgir outras empresas de trânsito como a EMDEC-Campinas
e CET-Santos, então alteramos nossa base territorial para todo o
Estado de São Paulo.
Hoje, representamos mais de 10 mil trabalhadores na base, 4.300 só na CET. Outras empresas públicas e dezenas de empresas privadas já fecham Acordos Coletivos com a gente. Hoje em números atualizados representamos quatro empresas públicas e 58 empresas privadas.
CNTTL/CUT: Qual é o
perfil dos trabalhadores e trabalhadoras na base?
Coletti: Apesar de não termos uma pesquisa
detalhada, somos 60% de homens e 40% de mulheres. Outra conquista
relevante é que conquistamos para os casais homossexuais o direito
a todos dos benéficos do nosso Acordo Coletivo de Trabalho, desde
que eles/elas tenham documentos de união estável.
CNTTL/CUT: Nesses 25
anos, quais foram as principais conquistas para os trabalhadores do
trânsito?
Coletti: Hoje temos uns dos melhores Acordos
Coletivos do Brasil, inclusive ganhamos o prêmio Quality por se
destacar no desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Conquistamos
cláusulas sociais nos Acordos Coletivos relevantes, como a
Indenização Peculiar, traduzindo, o trabalhador tem direito em sua
rescisão por dispensa sem justa causa a mais um salário a cada três
anos trabalhados na empresa.
Outras grandes conquistas são o Plano de Carreira e o Programa de
Participação nos Resultados que têm motivado os trabalhadores a
permanecer e desenvolver seu trabalho.
CNTTL/CUT: Como você
espera ver o Sindviários em 2041, quando completará 50
anos?
Coletti: Queremos avançar mais, manter o que já
foi conquistado e alcançar mais empresas públicas e privadas que
ainda não têm efetivamente nossa representação. Também lutaremos
para garantir melhores condições de trabalho e segurança. A redução
da jornada de trabalho sem redução no salário, bandeira cutista, é
outra meta nossa. Em 2041, esperamos ter um Sindviários ainda mais
forte, profissional, estruturado e com maior capacidade técnica
para desenvolver ações em defesa dos trabalhadores e
trabalhadoras.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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