Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff garantiu, em
entrevista ao jornal do Equador “El Comercio”, que o
Brasil “não parou e nem vai parar”. “Não retrocederemos em
políticas exitosas de inclusão social e não descuidaremos daqueles
que mais necessitam”, assegurou, em entrevista publicada no domingo
(24).
“Confio que a economia brasileira vai superar estes desafios e
emergir ainda mais forte e competitiva”, disse a presidenta. Ela
embarcará, nesta terça-feira (26), para Quito, no Equador, onde
participará da IV Cúpula da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Ela reafirmou que o governo federal está empenhado em recuperar o
equilíbrio fiscal, reduzir a inflação e restaurar a confiança dos
investidores. No entanto, ela relembrou que, mesmo com o ajuste
fiscal, os programas sociais e os investimentos importantes foram
mantidos.
“Garantir a estabilidade e o crescimento econômico é fundamental
para o Brasil. Para isso, estamos fazendo um grande ajuste fiscal.
E simultaneamente a esse esforço, lançamos programas para avançar
os investimentos, particularmente em conjunto com o setor privado”,
afirmou.
Segundo Dilma, o Brasil passa, atualmente, por um momento de
transição econômica. “Estamos fazendo um grande esforço para nos
adaptarmos a nova realidade global que está tomando forma com o fim
do ciclo das commodities”, explicou a presidenta.
Na avaliação da presidenta Dilma, o papel de blocos econômicos como
União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), e Mercosul é ainda mais
importante em um cenário de dificuldades.
“Na reunião da Celac, vamos debater uma série de temas centrais
para o bem-estar de nossas populações em um cenário econômico
internacional adverso”, contou Dilma.
A presidenta ainda explicou que a integração regional é, para o
Brasil, uma política de Estado. “Acreditamos na necessidade da
construção coletiva de um projeto de integração regional, entendida
no sentido mais amplo possível. Incluindo não só as dimensões
políticas , econômicas e sociais, mas também da ciência e
tecnologia, educação, cultura e todas as outras áreas em que os
nossos países já cooperam ou podem trabalhar juntos”.
Durante a entrevista, Dilma voltou a falar sobre o “implacável”
combate à corrupção promovido pela sua gestão e também sobre as
manifestações populares.
“O Brasil tem uma democracia dinâmica, jovem e forte, que vive a
mais plena liberdade de imprensa e de manifestação. Consideramos
que as manifestações populares e as reivindicações sao fundamentais
em um ambiente democrático, pois nos ajudam a aperfeiçoar, dia a
dia, nossas instituições”, falou a presidenta.
Ela também reafirmou que não é aceitável retirar um presidente da
República do cargo apenas por divergências políticas, sem respaldo
jurídico. “Meu compromisso não é com um setor ou outro, mas sim com
todo Brasil. Estou e sempre estarei aberta a trabalhar em conjunto
pelo País que queremos”.
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