imagens do google sobre o massacre
O governador do Paraná, Beto Richa
(PSDB), e outras cinco pessoas viraram réus numa ação civil pública
por improbidade administrativa, em razão da operação policial que
deixou quase 200 feridos numa manifestação contra o governo
estadual, em abril.
Para o Ministério Público, Richa deu "respaldo político,
institucional e administrativo" à operação e se omitiu ao não
prevenir ou impedir que os manifestantes, a maioria professores em
greve, saíssem feridos.
Na ocasião, bombas de gás e balas de borracha foram disparadas por
duas horas ininterruptas contra os manifestantes, que protestavam
contra uma mudança na previdência dos servidores públicos. Cerca de
1.600 policiais estavam no local.
O confronto começou após uma tentativa de avanço sobre o bloqueio
policial, que protegia a Assembleia Legislativa do Paraná. A medida
foi aprovada pelos deputados naquele mesmo dia.
O Ministério Público sustenta que o governador e os outros acusados
contrariaram o direito fundamental de livre manifestação e de
reunião, violando, assim, princípios da administração pública –por
isso a ação de improbidade.
Na última sexta (25), três meses depois de a ação ser proposta, a
juíza Patrícia Gomes Bergonse, da 5ª Vara da Fazenda Pública de
Curitiba, enfim recebeu a ação. O processo foi redistribuído nesse
período: o juiz anterior, da 3ª Vara da Fazenda Pública, se
declarou incompetente para analisar o caso, uma vez que outra ação
civil pública sobre a ação policial já corria na 5ª Vara.
Além de Richa, são réus o ex-secretário de Segurança Fernando
Francischini (SD-PR), deputado federal, e o ex-comandante-geral da
PM Cesar Vinicius Kogut. Ambos saíram dos cargos após o
ocorrido.
Também integram a ação outros três comandantes da PM: coronel
Nerino Mariano de Brito (subcomandante da PM), coronel Arildo Luiz
Dias (chefe da operação) e o tenente-coronel Hudson Teixeira
(comandante do Bope).
O Ministério Público, que diz que a operação foi "desproporcional",
sustenta que não foi identificada a ação de black blocs, como
afirmou o governo num primeiro momento, ou de outros grupos
radicais entre os manifestantes.
Secretário Nacional de Comunicação da CNTTL: José Carlos da Fonseca - Gibran
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