SP: Futuro diretor da OIT no Brasil se reúne com sindicalistas

Organização é uma das principais agências multilaterais especializada nas questões do trabalho


Publicação: 09/09/2015
Imagem de SP: Futuro diretor da OIT no Brasil se reúne com sindicalistas

Alexandre Bento

O futuro diretor do escritório brasileiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Peter Poschen, discutiu a atual conjuntura política, econômica e social com as principais centrais sindicais do país, na terça-feira (08), na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

A OIT é uma das principais agências multilaterais da Organização das Nações Unidas, especializada nas questões do trabalho.

Peter ouviu dos representantes sindicais as perspectivas do governo sobre os temas como terceirização, fator previdenciário, trabalho infantil, ajuste fiscal e direito trabalhista. João Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), destacou que o momento que o país atravessa na economia e na política é difícil, mas rechaçou qualquer tipo de golpe por parte dos setores conservadores e da oposição.

“Somos contra o golpe, que é uma cultura que tem ocorrido na América Latina. Quem perdeu a eleição tem que esperar até 2018, e para defender os direitos trabalhistas e a democracia, nós vamos às ruas. A terceirização diminui o poder de compra, o governo cometeu erros e não temos nenhuma simpatia com esse ajuste fiscal.”, enfatizou Felício.

De acordo com o futuro diretor da OIT-Brasil, a expectativa nesse momento é ajudar o país trazendo experiências dos outros continentes. “A perspectivas é poder lidar com esse momento de crise minimizando as perdas de emprego, evitando retrocesso na distribuição de renda. Deixar o país e as empresas em boas condições para retomar o crescimento e limitar também a flexão e o custo que isso pode gerar”, explica.

O secretário de Relações Internacionais, Antonio Lisboa, afirmou que o Projeto Brasil, apresentando pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, não resolve o problema do fator previdenciário da forma que foi apresentado. Lisboa também chamou atenção aos assassinatos dos indígenas por latifundiários.

“O Estado brasileiro não está dando conta desta situação, vamos tocar essa agenda neste período. Hoje, temos no Brasil um risco de diminuir a idade penal e a alteração do conselho de trabalho análogo à escravidão com essa bancada BBB (Boi, Bíblia e Bala)”, finaliza.

Da CUT



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