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O analista político Paulo Vannuchi, da Rádio Brasil Atual, falou em seu comentário de segunda (10) sobre o "clima de agouro", que toma conta do mês de agosto no ideário popular e da política nacional. Ele abre explicando que a associação entre o período e acontecimentos negativos se faz por conta do histórico de tragédias políticas que ficaram marcadas na história, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, ou a renúncia inesperada de Jânio Quadros, em 1961.
Em 2015, esse clima é representado, segundo o comentarista, por mais uma marcha da direita, convocada para o próximo domingo (16), que "junta o combate à corrupção com posições da mais extrema-direita, fascista, racista, homofóbica". Vannuchi diz que atos marcados em defesa da estabilidade democrática e do respeito à vontade popular expressada nas eleições do ano passado também estão sendo organizados, como prevê o regime democrático: "Não é porque o golpe já está em andamento que ele vencerá".
A marcha está sendo convocada por grupos que atuam sobretudo pelas redes sociais, que Vannuchi classifica como "sementeiras do ódio", muitos deles assumidamente alinhados com o candidato derrotado Aécio Neves, e que, por sua vez, também tem apoiado a convocação dessa manifestações. "É um movimento golpista que não se esconde. Vários caminhões de som estarão chamando pela volta dos militares, do Doi-Codi, da tortura e da repressão política mais fascista."
O juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, é tratado como um símbolo do combate à corrupção por esses grupos, mas, lembra Vannuchi, "é preciso acabar com a corrupção dentro da lei", apontando uma "avalanche de ilegalidades" ocorrida nessas investigações conduzidas por Moro.
O comentarista pretende observar "se a mídia vai manter o mesmo tipo de ativismo" adotado nas manifestações anteriores, quando os principais veículos de comunicação deram cobertura privilegiada ao evento como forma de estimular a participação.
Para Vannuchi, a crise atual difere dos casos clássicos de golpe militar que aconteceram no Brasil e na América Latina, nos anos 1960 e 1970. Para ele, o golpe em curso se dá a partir de uma articulação entre o Judiciário, setores da mídia e partidos de oposição, "muito mais parecido ao que se conseguiu no Paraguai", com a derrubada do presidente eleito Fernando Lugo, em 2012.
Contudo, Vannuchi aposta na reação dos movimentos sociais e cita a frase que ouviu, gritada com entusiasmo durante abraço ao Instituto Lula, na última sexta-feira (7), em resposta ao atentado a bomba ocorrido na semana anterior: "O povo na rua, golpista recua".
Em contraponto às iniciativas da direita, no mesmo dia, uma nova manifestação deve ocorrer no Instituto Lula, "para proteger de qualquer atentado a bomba e de ameaças terroristas e, segundo, para dizer que o Brasil tem outras opiniões".
Mas, para que tais mobilizações alcancem êxito, diz Vannuchi, é preciso que a presidenta Dilma Rousseff interrompa as medidas do "ajuste neoliberal" e introduza ações pela retomada do crescimento.
Da RBA
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