Graça na audiência no Senado
Durante a sessão temática para
debater a terceirização, Maria das Graças Costa, da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), criticou Projeto de Lei da Câmara
(PLC) 30/2015, que regulamenta e expande a
terceirização no país. Em sua avaliação, liberar a terceirização
das atividades-fim vai na contramão das conquistas sociais dos
últimos anos.
“Nós entendemos que [neste] momento brasileiro de criação de
empregos, de várias políticas sociais, onde estamos resolvendo
mazelas históricas da população brasileira, não cabe uma lei que
venha precarizar de forma absoluta todo o mercado de trabalho”,
disse a secretária de Relações do Trabalho da CUT.
Maria das Graças apresentou dados sobre o que, segundo ela, reflete
a realidade da terceirização no Brasil: De cada 10 trabalhadores
que adoecem, disse ela, 8 são terceirizados; Quatro de cada cinco
mortes registradas em serviço também ocorrem com trabalhadores
nessa situação.
“Não vou nem falar da carga horária e dos salários menores que é um
absurdo”, destacou.
Ela parabenizou o posicionamento do presidente Renan Calheiros
sobre o tema e elogiou o Senado por abrir espaço para os
trabalhadores participarem do debate.
Conheça os senadores que se posicionaram contrários ao
projeto de terceirização sem limites durante a
audiência:
Telmário Mota
(PDT-RR)
“Mas não podemos avançar, principalmente, Senadora Ana Amélia, nas
atividades-fim.”
Ana Amélia (PP-RS)
Assumiu compromisso com as centrais sindicais, liderados pela CUT,
com o Claudir Nespolo, no sentido de que vou votar contra as
Medidas Provisórias nº s 664 e 665.
“Votarei pelo que a Câmara decidiu sobre o fator previdenciário
(...). ”
Cristovam Buarque (PDT-DF)
“Por isso nós não podemos aprovar esse projeto como ele está,
porque com isso nós estaríamos precarizando. ” Votará contra as MPs
nº 664 e 665.
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
“É uma proposta que desvaloriza o trabalho (...); é um jogo de soma
negativa, no qual o trabalhador sempre perde. ”
Humberto Costa (PT-PE)
“É a completa precarização do nosso mercado de trabalho,
dispersando a organização sindical, inviabilizando acordos e
convenções coletivas e fulminando direitos fundamentais dos
trabalhadores, a partir do estímulo à ruptura da relação de
emprego, à qual diversos benefícios estão associados.
”
Hélio José (PSD-DF)
“Não é admissível, não é razoável a questão da terceirização em
atividades-fim, em atividades de risco, em atividades essenciais
das empresas. Não tenho dúvida de que esse processo será totalmente
reformado aqui, nesta Casa. ”
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
“ O meu Partido, o PCdoB, que teve uma posição muito firme na
Câmara dos Deputados, repetirá essa posição aqui no Senado Federal.
”
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
“De 23 ministros do TST que são contra este projeto, significando
dizer que é uma barbaridade isso que a Câmara dos Deputados aprovou
(...) e chegamos à conclusão de que, se é para regulamentar, vamos
regulamentar. Vamos pegar o que há para regulamentar aqui e vamos
regulamentar. Para entrar um projeto à parte, paralelo.
”
Fátima Bezerra (PT-RN)
“Para que nós rejeitemos exatamente esse projeto de
lei.”
Paulo Paim (PT-RS)
“O meu parecer será pela rejeição na íntegra desse projeto para que
o Senado apresente outra proposta construída pela sociedade. E vou
fazer esse apelo a outros relatores ou a outra Comissão que eu
puder ter acesso. ”
Da Agência Brasil
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