Lula: “Não podemos deixar aqueles que perderam se comportarem como se tivessem ganhado”

Em discurso no Seminário da Contraf/CUT, o ex-presidente falou sobre a revolução da democracia do governo popular


Publicação: 21/05/2015
Imagem de Lula: “Não podemos deixar aqueles que perderam se comportarem como se tivessem ganhado”

Ricardo Stuckert Filho

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu as conquistas do que ele chamou de "revolução democrática" em fala na noite de quarta-feira (20). "Esse país melhorou, virou motivo de orgulho para brasileiros no mundo inteiro. Vocês me ajudaram a fazer a revolução que fizemos neste país, a revolução democrática". Lula falou na abertura do "Seminário Nacional de Estratégia do Ramo Financeiro!", organizado pela Contraf, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

Sobre o momento de ajustes pelos quais passa o país, Lula deixou clara sua opinião de que o problema é conjuntural, não de governo, e que quem pode resolvê-los é o projeto progressista que venceu as eleições, e não projeto conservador, que perdeu. "É preciso reconhecer que existem dificuldades e que somos nós que vamos resolver. E isso se resolve levantando a cabeça, não abaixando". Para a plateia de líderes do movimento sindical, Lula lembrou as conquistas e avanços históricos do Brasil nos últimos 12 anos em diversos campos e como a participação do povo foi importante para que todas essas conquistas se concretizassem.

"Vocês são do setor financeiro. Vocês lembram que quando eu cheguei à previdência só se falava em demissão e privatização de bancos. Como mudamos isso? Antes de nós, os que governaram esse país achavam que esse país tinha que ser governado para 35% desse país porque sociologicamente eles estavam confirmados de que quem nasceu pobre tinha que morrer pobre. Nossa mudança foi provar que o pobre não era o problema. Nós provamos que incluir o pobre na economia era a solução. E deu certo".

Lula destacou também que a dificuldade que a Dilma está tendo é mundial, não é só do Brasil. "Me convidem pro próximo congresso pra gente falar se as coisas melhoraram ou não neste país". E completou: "O que não podemos é deixar que aqueles que perderam se comportem como se tivessem ganho e nós, que ganhamos, nos comportemos como se tivéssemos perdido."

O ex-presidente deixou claro que é preciso coragem e muito trabalho para fazer os ajustes necessários, mas que está otimista. "Não há nenhum motivo para não acreditar neste país. Poucos países têm as condições para o desenvolvimento que o Brasil têm. Este país tem um mercado interno forte, tem um povo trabalhador, tem um setor bancário público de fazer inveja ao mundo. Os desafios estão aí, precisamos de uma nova política industrial, precisamos exportar mais... Mas tudo isso só se resolve com trabalho e confiança no país".

Para Lula, o mau-humor é patrocinado por quem quer fazer a disputa política fora da política. "E eles não querem mais atacar a Dilma. Eles querem balear o Lula. Depois que eu fiz um vídeo fazendo ginástica eu já ganhei duas capas de revista e uns 30 editoriais", brincou.

Lideranças

 Antes de Lula, o presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o país vive um momento de enfrentamento de classes. Freitas disse que a direita tenta desconstruir as políticas públicas estabelecidas pelos governos petistas. "Eles instrumentalizam o Judiciário e a mídia. Tentam fazer uma judicialização da política para desconstruir o que construímos, como aconteceu nos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek."

Segundo ele, o enfrentamento contra a agenda "reacionária” do Congresso, simbolizada pelo PLC 30/2015, requer a unidade dos trabalhadores e movimentos sociais. “A paralisação do dia 29 de maio é contra isso."

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira, o país tem "um sistema financeiro que mais tira recursos da sociedade do que ajuda a financiá-la para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Cabe a nós cobrar que os bancos privados, e também os públicos, cumpram seu papel". Ela lembrou que no governo Lula (2003-2010) o volume de crédito, que correspondia a 22% do PIB, chegou a 60%.

Lula disse concordar com a dirigente dos bancários e afirmou ser preciso incentivar o crédito "para fazer a economia crescer". Ressaltou ainda que seu governo, com o programa de inclusão de pessoas de baixa renda, conseguiu "bancarizar mais de 70 milhões de brasileiros, pessoas que jamais imaginaram que teriam uma conta"

Do Instituto Lula com RBA 



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