Roberto Parizzoti/CUT
O presidente da entidade, Vagner Freitas, anunciou no Dia Internacional dos Trabalhadores (1º de maio) um dia nacional de paralisação no dia 29 de maio, data construída em parceria com CTB, Intersindical, MST e MTST.
“Nós temos um calendário de luta para apresentar ao povo brasileiro. Dia 29 de maio nossa mobilização vai preparar o País para uma greve geral. Será uma greve geral contra retirada de direitos e a agenda conservadora. Não é contra ou a favor de governo ou partido político”, disse Vagner, que em seguida explicou que a data para a greve geral ainda será definida, pois depende de o PL 4330 ser aprovado ou não no Senado.
A paralisação, assim como a greve geral, é consenso entre o
movimento sindical e sociais presentes no ato. “Nós estamos aqui,
acreditando nessa unidade e vamos partir para uma greve geral se o
PL 4330 for aprovado no Senado”, afirmou Ricardo Saraiva, da
Intersindical.
Adilson Araújo, presidente da CTB, lembrou o apoio de Dilma
Rousseff (PT) contra o PL 4330, afirmado em reunião da petista com
sindicalistas, na última quinta-feira (30). “A presidenta afirmou
categoricamente que é contra o PL 4330 e sinalizou que teremos um
2016 diferente. Nós acreditamos na presidenta, mas acreditamos,
também, em mobillização nas ruas, e é lá que vamos fazer esse
embate.”
Também alinhado com o movimento de paralisação, estará o MTST. O
coordenador nacional do movimento, Guilherme Boulos, afirmou que os
“trabalhadores não têm tido motivos para comemorar nada” e lembrou
dos ataques sofridos pelos docentes paranaenses, que estão em
greve. “Esse 1º de maio é, também, um desagravo à violência sofrida
pelos professores no Paraná. O Beto Richa não tem condições de
continuar governando o estado do Paraná”,
protestou.
Pautas
A agenda de lutas proposta pelo movimento sindical e sociais prevê,
além da retirada do PL 4330 de tramitação, a luta contra o ajuste
fiscal. “Se quiser fazer ajuste fiscal, que faça nas contas dos
burgueses, vá taxar grandes fortunas. O governo precisa acabar com
a sonegação, os trabalhadores pagam e os empresários sonegam. Nós
defendemos esse governo popular democrático, mas não o ajuste
fiscal na conta do trabalhador”, afirmou Vagner, que explicou as
demais bandeiras que serão levadas às ruas no dia 29 de
maio.
“Nós somos contra as MPs 664 e 665, porque achamos que retira
direitos da classe trabalhadora. Estamos nos manifestando pela
reforma política, para acabar com o financiamento privado, que faz
com que tenhamos mais de 400 deputados que são empresários ou estão
sendo mandados por empresários. Nós queremos uma mídia
democratizada, onde todos tenham liberdade de expressão”, explicou
Vagner.
Por último, o presidente da CUT lembrou da importância de se
defender a Petrobrás e a luta contra a corrupção. “É uma importante
ferramenta para o desenvolvimento do Brasil. Esse óleo negro pode
financiar políticas importantes no País e não pode ser privatizado.
A bandeira contra a corrupção é nossa e a defendemos. Se houver
algum corrupto na Petrobras, quando comprovado for, que seja
preso. A Petrobras é patrimônio brasileiro",
completou.
Da CUT Nacional
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